Critérios da WSL

Tati estranha julgamento

Tatiana Weston-Webb diz que está difícil entender critérios da WSL e expõe opinião em entrevista ao Globo Esporte.

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Tati Weston-Webb fala sua opinião sobre critérios de julgamento da WSL.

Diferentemente do que os amantes do surfe se acostumaram a ver nos últimos anos, os brasileiros não começaram a temporada 2024 da WSL com bons resultados. Dos nove representantes do Brasil que abriram o ano do tour, apenas quatro sobreviveram ao temido corte depois da etapa de Margaret River – sem contar com Filipe Toledo, que se afastou das competições para cuidar da saúde mental. Um dos fatores que tem sido apontado por alguns surfistas brasileiros como um dos dificultadores é o julgamento das notas. Tatiana Weston-Webb conseguiu se garantir na elite ao conquistar o nono lugar no ranking, mas também levantou dúvidas sobre os critérios da WSL nas primeiras etapas do ano.

Em entrevista ao GE, Tati fala sua opinião a respeitos dos julgamentos da WSL.

“Esse ano está sendo bem estranho, porque muitos dos atletas estão tentando entender o que os juízes estão querendo realmente de nós e não está sendo fácil de entender. Eu acho que eles estão deixando o julgamento muito em aberto ainda, e a gente não tem um caminho para seguir. Estou falando para mim e para os brasileiros, né. Porque tivemos muitos bateria polêmicas nesse ano. Mas, mesmo assim, eu acho que todo mundo está aqui com cabeça para cima e focada, e todo mundo está querendo ir além para mostrar que o nosso surfe é para ser no topo”, comenta.

A brasileira conseguiu sobreviver ao corte, mas ficou perto de ser eliminada. No feminino, apenas dez competidores seguiriam no circuito depois da etapa de Margaret River. Tatiana terminou em nono lugar no ranking mundial, mas não concordou com o julgamento dos juízes na bateria das oitavas de final, quando foi derrotada pela australiana Tyler Wright.

“Em Margaret, a gente teve que competir no South point, aquela esquerdinha. Para mim, foi uma bateria bem polêmica. Eu achei que passaria essa bateria facilmente, e eles deram a nota maior para a Tyler. Poderia até ser, mas eu assisti à bateria várias vezes, e eu não achei que ela ganhou aquela bateria”, pontua Tati.

A reportagem do GE pediu uma posição oficial da WSL sobre as questões levantadas pela surfista brasileira, mas a entidade informou através de sua assessoria de comunicação que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Teste de luxo antes das Olimpíadas

Tati se vê preparada para a próxima etapa da WSL em Teahupoo, no Taiti, que será realizada a partir desta quarta. Além de contar pontos para o ranking do Circuito Mundial de Surfe, a sexta etapa do tour será um treinamento para os Jogos Olímpicos, já que também vai ser palco de Paris 2024.

“Estou super focada nas Olimpíadas, mas meu objetivo também é para chegar no top 5 e tentar mais uma vez batalhar pelo título mundial. Eu acho que não estou colocando pressão em cima de mim, porque realmente esse é um ano diferente, muito longo, com bastante pressão. Então eu quero viver essa vida de competição, que é superimportante, um pouquinho mais leve. Então eu não estou colocando muito esperança, muita expectativa, em como eu vou performar. Meu objetivo é sempre continuar passando baterias” revela Tati.

Fonte GE