Há 17 meses, a bicampeã da World Surf League, Tyler Wright, adoeceu na África do Sul. Temporariamente hospitalizada, Wright foi forçada a abandonar o Open J-Bay e diagnosticada com Influenza A com complicações que a impediram de competir desde então.
Hoje, Wright anunciou que está pronta para sua próxima fase de recuperação – vestindo a lycra e surfando em um evento do Championship Tour mais uma vez. A atleta de 25 anos competirá no evento final da temporada de 2019, o lululemon Maui Pro, com esperanças de se juntar novamente ao CT na temporada 2020.
“Maui é o próximo passo no meu processo de recuperação”, disse Wright. “Eu tomei várias medidas para chegar a esse ponto e tem sido muito trabalho duro. E depois de Maui, haverá outro passo. Não tenho certeza de como será vestir a camisa ou o que vai acontecer. Mas eu estou bem com isso. Essa é parte da razão pela qual estou aqui, para me expor a esse ambiente competitivo novamente. Faz parte do processo de recuperação e estou pronta para adotá-lo”.
Antes de competir em Maui, Wright passou as últimas semanas perseguindo ondas nas ilhas havaianas, testando sua força em ondas maiores.
“Adoro estar de volta à água”, continuou Wright. “Não surfo muito desde os 14 anos. Tenho pranchas em todos os lugares, estou me expondo a ondas maiores e mais pesadas e adoro isso”, revelou a australiana.
“Quando comecei a me sentir doente, eles disseram que eu tinha Influenza A. Eu obviamente tive complicações com isso. Levei 17 meses para me recuperar. Isso atrapalhou meu cérebro e meu corpo. Sinto que estou fora d´água há um ano e meio. Sinto que sou 10kg mais leve. As coisas são diferentes. É um período de ajuste. Mas, como eu disse, não tenho surfado tanto quanto nos últimos meses, como nos últimos dois anos. Estou empolgada com isso e motivada com tudo o que estou fazendo. Realmente é tudo um teste no momento … é parte tomar essas medidas para voltar”.
Na última vez em que Wright surfou no Maui Pro, ela conquistou seu segundo título mundial em 2017. Este ano, o lululemon Maui Pro, em Honolua Bay, sediará o confronto pelo título mundial entre a atual número 1 do mundo, Carissa Moore, a número 2 Lakey Peterson e a número 3 Caroline Marks, e também servirá como a via provisória final de qualificação do CT para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Wright surfará contra Peterson, a vice-campeã mundial de 2018 e candidata ao título mundial de 2019, e Silvana Lima na segunda bateria da primeira fase. No confronto anterior, Marks enfrentará as australianas Nikki Van Dijk e a estreante Macy Callaghan.
Moore vai surfar contra a convidada Summer Macedo e Coco Ho na terceira bateria. A local Macedo, de Maui, fez estrago no ano passado no Maui Pro com uma grande vitória na primeira rodada. Na esperança de repetir esse sucesso e ir ainda mais longe no evento, Macedo poderia abalar a disputa pelo título mundial.
Cenários da disputa pelo título mundial de 2019:
– Se Carissa Moore vencer o Maui Pro, garante o título mundial;
– Se Carissa ficar em segundo, Lakey Peterson precisa vencer para erguer a taça;
– Se Carissa ficar em terceiro, Lakey precisa ficar em segundo e Caroline Marks necessita da vitória;
– Se Carissa chegar até as quartas, Lakey precisa ficar em terceiro e Marks necessita da final para forçar uma bateria de desempate entre as candidatas ao título