O Brasil está prestes a ganhar um reforço de peso no cenário internacional. Nascida em Porto Alegre (RS) e criada na ilha do Kauai, Havaí, a Top Tatiana Weston-Webb caminha para defender a bandeira brasileira nas competições.
A tendência é que a atleta já comece a representar o País na quarta etapa do Championship Tour, que acontece no mês de maio, em Saquarema (RJ).
A mudança faz parte do projeto olímpico envolvendo o Ministério do Esporte, o Comitê Olímpico Brasileiro e a Confederação Brasileira de Surf (CBS).
Com isso, o Brasil passaria a ter duas atletas na elite mundial em 2018. Atualmente, Tati ocupa a quarta posição no ranking, enquanto Silvana Lima divide o 10º lugar com a australiana Sally Fitzgibbons e a havaiana Malia Manuel.
No próximo dia 9 de maio, Tatiana Weston-Webb vai completar 22 anos. A atleta é filha da bodyboarder gaúcha Tanira Guimarães e do surfista Doug Weston-Webb, inglês criado nos Estados Unidos.
Criada no Havaí desde os dois meses de vida, Tati vem fortalecendo cada vez mais as raízes brasileiras. Ela é namorada do Top brasileiro Jessé Mendes e tem como treinador Leandro Dora, o “Grilo”, que também treina nomes de peso como o filho Yago Dora e o campeão mundial Adriano de Souza. Seu empresário, Felipe Borges, também é brasileiro.
Seria a segunda mudança de nacionalidade no Circuito Mundial em 2018. No início da temporada, o californiano Kanoa Igarashi – filho de imigrantes japoneses – trocou a bandeira dos Estados Unidos pela do Japão.
Com a inclusão do surfe nos Jogos de Tóquio, a troca de bandeiras nas competições da International Surfing Association (ISA) e World Surf League (WSL) vem ganhando novos adeptos.
Olimpíadas 2020 – Cada país poderá levar dois representantes por gênero (masculino e feminino). Ao todo, serão 20 homens e 20 mulheres nas Olimpíadas. Saiba mais sobre os critérios de classificação clicando aqui.
No momento, ainda sem a oficialização de Tatiana Weston-Webb, o Brasil aposta suas fichas em nomes como a experiente Silvana Lima e a promissora Tainá Hinckel, atleta de apenas 14 anos que foi terceira colocada no Mundial Sub 18 e atualmente ocupa a 59 posição no ranking do Qualifying Series. Outras atletas também lutam por um lugar ao sol no cenário internacional, mas a falta de patrocínio tem sido um grande obstáculo para a maioria.
A redação do Waves entrou em contato com a Confederação Brasileira de Surf (CBS) e Tati Weston-Webb, mas ambas não quiseram se pronunciar sobre o assunto.