O Maui and Sons Pichilemu Women’s Pro by Royal Guard decide o último título sul-americano da temporada 2019 da WSL Latin America, a partir desta sexta-feira (13) no sul do Chile.
A sexta edição do evento mais tradicional do WSL Qualifying Series feminino na América do Sul estava marcada para o final de outubro, mas precisou mudar de data devido a onda de protestos populares no Chile. A peruana Daniella Rosas lidera o ranking das duas etapas já disputadas e sua principal concorrente ao troféu de campeã sul-americana de 2019 é Lorena Fica, que tenta o primeiro título do Chile na história da WSL Latin America.
“Eu acho que todas as chilenas são favoritas para vencer esse evento”, disse Lorena Fica. “Nosso país vem crescendo internacionalmente no esporte e o surfe feminino do Chile já está quase no mesmo nível dos homens. Eu estou confiante para o evento. Tento estar sempre em forma, treinando durante o ano todo, tendo ou não competição, então estou preparada”.
A busca por um inédito título sul-americano para o Chile, não será fácil. Ela e a peruana Daniella Rosas, que pode se tornar a campeã mais jovem da história da WSL Latin America, com apenas 17 anos de idade, vão ter que enfrentar competidoras até de outros continentes. Surfistas dos Estados Unidos, Austrália, Portugal, Espanha e Costa Rica, estão entre as participantes que foram divididas na primeira fase do Maui and Sons Pichilemu Pro.
Elas querem aproveitar a chance de surfar as ondas pesadas e excelentes de Punta de Lobos, no evento que vai valer os primeiros pontos para o WSL Qualifying Series de 2020. Como o encerramento da temporada feminina de 2019, já estava confirmado para o início de novembro na Austrália e a etapa chilena precisou ser transferida para depois desta data, a World Surf League determinou que os pontos valeriam para o ano que vem. No entanto, a WSL Latin America conseguiu que o seu resultado fosse computado no ranking regional de 2019, para o evento mais tradicional do continente, definir a campeã da temporada mais uma vez.
Campeãs em Pichilemu Nas ondas de Punta de Lobos, as peruanas Anali Gomez e Sofia Mulanovich são as únicas sul-americanas que conseguiram vencer o Maui and Sons Pichilemu Women´s Pro by Royal Guard, nas cinco edições disputadas desde 2014. A etapa chilena sempre atraiu muitas surfistas de outros continentes, pela qualidade internacional da principal onda de Pichilemu e elas conquistaram a maioria dos títulos.
As havaianas foram as primeiras campeãs, com Dax McGill ganhando a primeira decisão contra a argentina Josefina Ané em 2014 e Alessa Quizon superando Sofia Mulanovich em 2015. A peruana também chegou na final no ano seguinte, para conquistar a primeira vitória sul-americana contra Leilani McGonagle.
A surfista da Costa Rica vem sendo o grande destaque do evento desde então, decidindo o título nos dois anos seguintes. Em 2017, Leilane venceu a única final internacional com a australiana Freya Prumm. Mas, em 2018, perdeu de novo para uma peruana, Anali Gomez.
Primeira fase Todas as participantes da sexta edição do Maui and Sons Pichilemu Women´s Pro by Royal Guard, foram divididas nas oito baterias da primeira fase e Leilani McGonagle foi escalada na que vai abrir o campeonato na sexta-feira. Suas primeiras adversárias são a argentina Catalina Mercere e a única participante do Brasil esse ano, a carioca Julia Duarte. Anali Gomez começa a defender o título na quinta bateria, contra a também peruana Mar Del Solar e a portuguesa Carol Henrique, que é carioca de nascimento.
Depois, as duas principais concorrentes ao título sul-americano, fazem suas primeiras apresentações nas ondas de Punta de Lobos esse ano. A vice-líder do ranking, Lorena Fica, está na sexta bateria, com as também chilenas Sofia Driscoll e Dominique Charrier e a argentina Josefina Ané. A líder, Daniella Rosas, entra na sétima com a portuguesa Yolanda Hopkins e a chilena Paloma Santos. As duas melhores de cada bateria, avançam para a próxima fase.
Disputa do título A peruana Daniella Rosas está na frente do ranking, desde a vitória sobre a chilena Lorena Fica na final da primeira etapa da WSL Latin America esse ano, em Mar del Plata, na Argentina. A outra foi disputada no Chile e terminou com duas surfistas de outros continentes decidindo o título em Iquique. A espanhola Nadia Erostarbe foi a campeã, derrotando a norte-americana Meah Collins. Daniella ficou em 13.o lugar e Lorena em 17.o, com a peruana aumentando a vantagem sobre a chilena em Iquique.
Lorena já precisa chegar nas semifinais do Maui and Sons Pichilemu Pro para ultrapassá-la, desde que Daniella fique em último na sua primeira bateria. A equatoriana Dominic Barona, que em 2018 ganhou seu segundo título sul-americano, está em terceiro na classificação das duas etapas disputadas e, só supera a pontuação atual da Daniella, se chegar na final em Pichilemu. Já a quarta e a quinta do ranking, que teriam chances também, não vão competir no Chile.
Outras duas surfistas, a chilena Jessica Anderson e a brasileira Julia Duarte, também podem bater os 1.465 pontos de Daniella Rosas, caso a peruana fique em 17.o lugar no Chile, porém somente se vencerem o Maui and Sons Pichilemu Pro. Ainda tem as argentinas Josefina Ane e Lucia Cosoleto, que dividem o oitavo lugar no ranking e conseguem igualar a pontuação da peruana com a vitória em Pichilemu. Isso forçaria uma bateria extra para definir a campeã sul-americana da temporada 2019 no Chile.
Campeãs sul-americanas Enquanto Lorena Fica tenta se tornar a primeira campeã sul-americana do Chile, Daniella Rosas pode isolar o Peru como recordista de títulos femininos na história da WSL Latin America. No momento, o país andino está empatado com o Brasil, com cinco troféus. A Galeria das Campeãs foi inaugurada pela estrela brasileira do CT, a cearense Silvana Lima, que foi bicampeã nos primeiros anos, 2007 e 2008.
Em 2009, deu Brasil de novo com a saquaremense Taís de Almeida e os próximos vieram em 2014 e 2016, com a catarinense Jacqueline Silva e a paranaense Nathalie Martins, respectivamente. As peruanas entraram na lista em 2010 com Anali Gomez, única tricampeã com mais dois títulos conquistados em 2013 e 2017. Anali é a atual campeã do Maui and Sons Pichilemu Pro, vencendo a final do ano passado com Leilani McGonagle, da Costa Rica.
Além dos três títulos da Anali Gomez, o Peru tem mais dois em 2012 e 2015, com a experiente campeã mundial Sofia Mulanovich, que também já venceu a etapa chilena em Pichilemu em 2016. A outra única surfista que conseguiu ser campeã sul-americana foi a equatoriana Dominic Barona, que ganhou seu primeiro título em 2011 e em 2018 se tornou a quarta bicampeã nos 12 anos do Circuito Sul-americano feminino da WSL Latin America, que computa os resultados das etapas do WSL Qualifying Series realizadas no continente.
O QS 1.500 Maui and Sons Pichilemu Women´s Pro by Royal Guard será transmitido ao vivo de Punta de Lobos no Chile pelo site da WSL na sexta-feira, sábado e domingo.
Primeira fase do Maui and Sons Pichilemu Pro 2019:
1 Leilani McGonagle (CRI), Julia Duarte (BRA), Catalina Mercere (ARG)
2 Autumn Hays (EUA), Sol Aguirre (PER), Maria Barrios (CHL), Natalia Diaz (CHL)
3 Freya Prumm (AUS), Rubiana Brownell (CRI), Josefina Vidueira (CHL)
4 Camilla Kemp (PRT), Ella McCaffray (EUA), Sofia Borquez (CHL)
5 Carol Henrique (PRT), Anali Gomez (PER), Mar Del Solar (PER)
6 Josefina Ané (ARG), Lorena Fica (CHL), Sofia Driscoll (CHL), Dominique Charrier (CHL)
7 Yolanda Hopkins (PRT), Daniella Rosas (PER), Paloma Santos (CHL)
8 Ariane Ochoa (ESP), Lucia Cosoleto (ARG), Beatriz Mella (CHL)
Top-10 do ranking sul-americano da WSL Latin America depois de duas etapas
1 Daniella Rosas (PER) – 1.280 pontos
2 Lorena Fica (CHL) – 950
3 Dominic Barona (EQU) – 860
4 Tainá Hinckel (BRA) – 840
5 Lucia Indurain (ARG) – 720
6 Jessica Anderson (CHL) – 580
7 Julia Duarte (BRA) – 480
8 Josefina Ané (ARG) – 465
8 Lucia Cosoleto (ARG) – 465
10 Monik Santos (BRA) – 420
10 Camila Cassia (BRA) – 420
10 Karol Ribeiro (BRA) – 420