Dois pequenos pedaços de pano revolucionaram as piscinas e praias na década de 40 do século passado. O engenheiro francês Louis Réard deu a elas o nome de biquíni, e as apresentou em 5 de julho de 1946.
Uma espécie de maiô de duas peças já havia sido experimentado por algumas garotas anos antes mas o duas-peças foi uma verdadeira revolução por seu tamanho diminuto.
O francês garantiu que, ao criar o nome, pensou apenas no lado romântico do famoso atol no Oceano Pacífico. Verdade é que praticamente coincidiu com o controvertido teste nuclear dos Estados Unidos naquela região, que havia acontecido pouco antes.
Durante muitos anos o biquíni ficou longe dos olhos do público, até mesmo a famosa revista de moda Vogue o rejeitou. Estrelas de cinema como Marilyn Monroe e Brigitte Bardot, no entanto, se agarraram ao biquíni e se deixaram fotografar regularmente.
O feitiço foi quebrado o mais tardar com o filme de James Bond 007 contra o satânico Dr. No, de 1962, em que a “bondgirl” Ursula Andress usa um biquíni de cor de marfim.
Nos anos 1960, o triunfo do biquíni avançou. Ele tomou muitas formas diferentes, chegou ao mercado como um “trikini” auto-adesivo, até mesmo como um “monokini” sem a parte de cima, mas não pegou.
A revolução nos maiôs andou de mãos dadas com o aumento da autodeterminação das mulheres. A pílula anticoncepcional apareceu, assim como a minissaia e a rebelião contra o establishment no movimento estudantil dos anos 60. O biquíni foi um golpe libertador para muitas mulheres.
Até hoje, o biquíni não perdeu nenhum de seus encantos. Nos anos 80 e 90, o ponto alto de muitos dos grandes espetáculos de moda incluiu as últimas coleções de biquínis, em vez dos vestidos de noiva usuais. Estrelas da passarela como Claudia Schiffer, Linda Evangelista e Naomi Campbell disputavam tais trabalhos.
Três quartos de século após a sua invenção, o biquíni é um favorito perene, usado por mulheres de todas as idades.
Fonte Deutsche Welle