Tita Tavares fez história ao levar o surfe cearense ao topo do Brasil e também para os principais campeonatos no mundo. Venceu adversidades que iniciaram desde a vida humilde no bairro Serviluz, onde nasceu e se criou em família de pescadores, até problemas de saúde enfrentados nos últimos anos.
Mas a barreira enfrentada por esta surfista de 44 anos, agora, é ainda mais elevada. A casa onde Tita mora, ainda no bairro Serviluz, em Fortaleza (CE), foi construída com o que recebeu nos primeiros patrocínios que fechou na década de 90, está condenada pela Defesa Civil e oferece riscos à vida da atleta, que não tem outro lugar para morar.
Tita Tavares, mesmo sendo a primeira atleta do mundo a tirar nota 10 em um circuito do mundial e também sendo tetracampeã brasileira, vive com um salário mínimo pelo seu trabalho no projeto Juventude na Onda, da Prefeitura de Fortaleza, e não tem condições de arcar com ampla reforma no imóvel, estimado entre R$ 15 a 20 mil.
“Eu resolvi ligar para Defesa Civil, depois, eles vieram e condenaram a minha casa. Eu chorava, já não comia direito. Até que conheci ela a Lia (Lauriano) através do Instagram. Eu queria fazer um apelo pra galera, pra quem possa me ajudar. Estou aqui para o que der e vier. Todo mundo está fazendo o que pode para me ajudar. Peço muito a colaboração de todo mundo. Os empresários que podem me ajudar com material também”, disse.
Tita expôs a situação à publicitária Lia Lauriano, que está à frente do projeto Surfistas Negras, que visa dar visibilidade ao trabalho de atletas negras. Lia criou uma rifa para auxiliar Tita na arrecadação do montante necessário para a reforma.
“O primeiro contato surgiu através do Instagram Surfistas Negras/CE, iniciativa de trazer representatividade para as surfistas negras do Ceará. Eu entrei para fazer uma live e ela falou que estava com problema estrutural. A gente teve ideia de fazer a rifa. Ela ganhou proporção grande. A gente conseguiu ajudas de Rio, São Paulo, Santa Catarina. Eu sou muito fã da carreira dela, da trajetória dela. É muito difícil para uma mulher no mundo do esporte, no surfe também”, afirma Lia Lauriano.
História Mesmo em situação delicada, Tita Tavares tem uma relação de gratidão com o surfe. Foi através do esporte que ela assinou o seu nome na história cearense e levou a beleza da praia do Titanzinho para o Brasil e o Mundo.
“O surfe é uma ferramenta para mim, que toda vida foi um trabalho profissional, sempre dediquei a minha vida e dedico até hoje. O esporte deu oportunidade para eu conhecer o mundo, conhecer outra cultura. Me deu uma vida que sempre sonhei. Levar o Brasil pro lugar mais alto do mundo, no circuito mundial. Em falar do passado, de eu pegar minha prancha, minhas fotos. Cada situação difícil, cada barreira. Graças a Deus, com a força de Deus, nunca baixando a cabeça, sempre alegre e feliz”.
Serviço:
Para ajudar Tita Tavares, entre em contato via Whatsapp (85 98612-5076) ou pelo perfil Surfistas Negras CE no Instagram.
Fonte Diário do Nordeste