Ex-integrante da elite mundial e uma das maiores surfistas de ondas grandes do Planeta, a havaiana Keala Kennelly abriu o jogo sobre o tema homossexualidade em entrevista ao site The Inertia.
Keala é personagem importante na política de igualdade de remuneração da World Surf League, que também pode se tornar lei estadual na Califórnia (EUA). A havaiana é um dos quatro nomes no Comitê para Equidade no Surfe Feminino.
Outra grande luta da big rider foi para que as mulheres tivessem suas próprias competições de ondas grandes.
Em depoimento concedido ao The Inertia, Keala falou uma grande dificuldade que enfrentou em sua carreira profissional por um bom tempo. “Ser gay não é uma escolha, fingi ser heterossexual para salvar minha carreira. E isso quase me matou”, revela a havaiana.
Era uma escolha entre abrir sua opção sexual ou enfrentar a perda de patrocinadores e, por extensão, sua carreira. Keala lembrou ainda de constantemente sentir que estava sob um microscópio e sentir pressão da ASP (antiga WSL) para fechar os olhos para o verdadeiro eu. “O surfe profissional não era um bom lugar para um atleta LGBT há 15 anos”, escreveu o The Inertia.
A havaiana admitiu que há uma rápida evolução no surfe profissional, mas que o preconceito ainda é grande. “Ainda não há atletas abertamente gays no CT. A WSL fez um ambiente melhor, mas os atletas ainda estão com medo de perder seus patrocinadores”.
Fonte: The Inertia.