Depois de dar um tempo nas competições devido à falta de incentivo ao surfe feminino, a catarinense Susã Leal está de volta, e mais motivada do que nunca. Foram anos de dedicação aos eventos promovidos pela Fecasurf, Confederação Brasileira, WSL South America e ABRASP, mas a falta de apoio levou a atleta a optar por outros caminhos.
“Eu estava em minha melhor fase. Fiz um ótimo trabalho no Brasil Surf Pro, sendo eleita a revelação do ano e garantindo a vaga no ano seguinte, mas nada adiantou, pois as competições femininas pararam de acontecer”, lamenta Susã. “Foi aí que a minha vida mudou. Perdi o patrocínio e não havia mais campeonatos para disputar. Comecei a dar aula de surfe durante o ano inteiro e foi uma ótima experiência”, lembra a catarinense.
Porém, o surfe teve de ser deixado um pouco de lado devido a outro emprego. “Arrumei um trabalho no hospital da minha cidade (São Francisco do Sul), sendo auxiliar administrativa, e trabalhei por lá por dois anos, surfando apenas nos fins de semana”, conta Susã.
O nascimento da filha, Kayla, trouxe novas mudanças à vida da surfista. “Queria dedicar meu tempo só para ela. Quando ela estava com dois meses, voltei ao mar e nunca mais parei. Independentemente da competição, o surfe está sempre na minha rotina”, continua.
Outra paixão de Susã é o jiu-jitsu, esporte que pratica desde os 18 anos, quando começou a namorar com o atual marido e professor, Juninho Leopardi. “Nunca consegui me dedicar 100% por conta do surfe, mas sempre pratiquei nestes anos, e hoje em dia consigo me dedicar muito mais! Tenho uma academia de jiu-jitsu junto com meu marido e lá dou aula para meninas”, revela a catarinense.
Dalila DalpratSusã tem participado das competições de surfe por Santa Catarina, e tem marcado presença nos pódios, principalmente em São Chico, onde a vitória não costuma escapar, garante a atleta. “É o meu quintal e a pressão é grande. O meu último resultado foi o vice-campeonato no Catarinense Amador na Joaquina, perdendo por muito pouco. Em outubro terá uma etapa do QS feminino aqui em São Chico e pretendo fazer um ótimo resultado”, diz Susã.
“Hoje, posso dizer que sou completa surfando e competindo, quando consigo, dando aula de jiu-jitsu só para meninas e tendo uma família linda, com minha filha de 3 anos e meio alegrando e me ensinando como a vida fica boa quando se é feliz com o seu passado e seu presente”, finaliza a atleta.
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