Cynthia Fuschini foi atingida por um surfista em meio a uma disputa de onda no Guarujá (SP) durante sua aula de surfe, com a professora Patrícia Marins, no último dia 3 de junho. E conta o que aconteceu:
“Peguei uma onda quando estava retornando ao outside, percebi dois surfistas remando na mesma onda para entrar. Por conta da ausência de espaço pra virar para a espuma, não tive escolha e precisei passar por eles.
Ao passar pelas duas pranchas, sem colidir com nenhuma, senti um forte impacto no rosto. Logo percebi que a mão de um dos surfistas havia me acertado. Minha professora perguntou o que havia acontecido e percebeu que o canto do meu olho estava sangrando.
Um dos surfistas envolvidos na colisão, retornou para o outside, olhou-me e não esboçou nenhuma reação de gentileza ou pedido de desculpas, afinal alguém acertou meu rosto.
No mesmo dia vi o inchaço. Nos dias que seguiram ficou roxo e continuou bem inchado, o que demonstra a força do impacto.
No domingo, retornei na mesma praia para surfar e recebi dos surfistas que estavam presentes no ocorrido todo o acolhimento. Todos preocupados com meu estado físico e afirmando que esse tipo de conduta não deve prevalecer no espaço sagrado, que é o mar, e muito menos profanar o surfe, esporte que amamos e temos com parte de nossas vidas”, finaliza Cynthia Fuschini.
A professora Patrícia Marins estava presente no momento do ocorrido e manifestou o seu repúdio pela situação:
“Esses dois surfistas estavam em uma disputa de onda com tanto ódio no olhar, que eu ainda acredito que o cara que estava na prioridade deu o soco nela, pensando em acertar o cara que estava remando lado a lado para rabear ele. Um absurdo mesmo pensando que o soco seria em outra pessoa. Ou cheguei até a pensar que ele acertou ela pois com o fato dela passar entre os dois, o cara que estava na prioridade perdeu a onda”, destaca a professora.
Patrícia também analisa que “qualquer uma das opções são horríveis e não demonstram a vibe do surfe. Para piorar o cara não pediu desculpas e ainda debochou com o amigo dizendo que ‘foi sem querer’. A triste realidade do surfe atual. Em meus 30 anos de surfista e 10 anos como professora, só vejo a coisa piorar. Eu mesma já passei por diversas situações tristes e constrangedoras”.
Após o ocorrido, Cynthia decidiu fazer e publicar um vídeo em seu Instagram resumindo o que aconteceu, e deixa uma mensagem aos seus seguidores e ao público do surfe no geral:
“Não permitir que essas pessoas que vão com o coração pesado, essa vibe negativa, que não são representantes do verdadeiro espírito do surfe, se criem e cresçam nesses lugares. Que a gente consiga nesta semana retomar uma vibe positiva. O surfe é muito mais do que isso, o surfe é um processo de amor. E que a gente possa amar mais, né? E eu continuo repetindo, ‘vem surfar”.
