Luis Felipe Cesarano Fernandes Pinto foi condenado a cinco anos e seis meses de prisão em regime semiaberto por homicídio culposo. Ele se envolveu em acidente de trânsito em dezembro de 2020, que culminou na morte do sargento da Marinha Diego Gomes da Silva. Na investigação, confirmou-se que o esportista estava em altíssima velocidade no momento da tragédia.
Na época, Felipe Cesarano dirigia na estrada Zona Sul da Autoestrada Lagoa-Barra (RJ). Porém, ele perdeu o controle do veículo, invadiu a pista contrária e colidiu com o carro do militar, de apenas 36 anos.
Dentro do carro, foram encontradas a comanda de uma boate, que o surfista, apelidado de “Gordo”, frequentou pouco antes do acidente, e quatro garrafas de cerveja. A perícia também ressaltou que a velocidade do automóvel na hora da batida estava entre 123 km/h e 144 km/h.
O prontuário de infrações do Detran destaca que o esportista possui 88 multas referentes a excesso de velocidade, além de outras 34 punições por infração.
Na comanda, estava escrito que Felipe Cesarano havia comprado dois litros de vodca, bebida com alto teor alcóolico. Segundo a juíza Simone de Faria Ferraz, da 23ª Vara Criminal da Comarca da Capital do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, é perceptível que o surfista aproveitou a noite ingerindo bebidas, pegou o seu carro embriagado e, de forma injustificável numa velocidade altíssima, atingiu o carro que estava na outra via.
Felipe Cesarano poderá recorrer da decisão em liberdade até o trânsito em julgado da ação, mas não pode deixar o país, tampouco dirigir automóveis pelo período da pena.
Imagens ajudam investigação
Imagens antes e depois do acidente envolvendo o surfista foram cruciais para determinar a velocidade do carro dirigido pelo atleta.
Na época, vídeos mostraram Cesarano comprando bebidas e cambaleando, indicando que o surfista estava bêbado antes do acidente que matou Diogo.
Risos durante exame
Cesarano disse aos policiais ter participado de uma festa pouco antes do acidente. O laudo da análise do exame de alcoolemia, que comprovou a embriaguez, revelou que o atleta ria e falava de forma repetitiva e confusa durante o procedimento.
“Indagado, refere que estava em uma boate por volta de 5h e que agora seriam sete horas e está no IML (Instituto médico legal), mas não sabe pra quê. Ri durante o exame, fala de forma repetitiva, confusa, refere que teria tomado só cerveja”, consta no laudo da polícia.
Além disso, o documento aponta que “Cesarano não conseguia realizar as manobras do exame neurológico de forma adequada (andar pé ante pé, fazer o quatro, dedo/nariz)”.
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