Melhor atleta feminina do longboard atualmente, a carioca Chloé Calmon evidencia bem a importância de contar com um bom equipamento. Atual líder do ranking mundial da categoria pela World Surf League (WSL) e vindo da emocionante conquista da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, a surfista visitou a fábrica da New Advance, em São Vicente (SP), antes de embarcar para uma nova etapa do Tour, na Espanha.
A atleta quis comemorar suas conquistas na fábrica responsável por suas pranchas há três anos, e foi recebida pelo empresário Sérgio da Silva, e pelo conceituado shaper Neco Carbone, que desenvolveu os modelos exclusivos Chloé Calmon. Aproveitou, também, para analisar seu quiver para as próximas etapas do Mundial. “Um dos fatores mais importantes para um surfista é ter confiança no seu equipamento. Saber que você está com a prancha certa, entrar segura, confiante”, ressalta a competidora.
“Desde que comecei, o Neco tem shapeado as minhas pranchas, a gente finalmente encontrou esse equilíbrio e só quem é atleta sabe a paz que é dormir de noite sabendo que pode confiar no seu equipamento de olhos fechados”, afirma.
“Fico feliz em ter duas pessoas que eu tenho total confiança e posso tirar todas as minhas dúvidas. Falar das vontades que eu quero testar pranchas novas e eles sempre estão dispostos a ouvir todas as minhas loucuras. Fico muito feliz com todo esse suporte”, reforça.
O desenvolvimento da prancha é feito em conjunto e Chloé participa ativamente. “Os três sempre pensando em performance. Toda vez que venho aqui, me sinto uma criança na Disney. Sempre quero levar várias para a casa. Deixo o Sérgio louco (risos). É incrível a estrutura que eles têm aqui”, elogia a número 1 do Mundo, lembrando a prancha “mágica”, feita no início do ano e que usou na vitória na etapa inicial do Tour, em Noosa, Austrália. “Nem a uso mais nos treinos, eu guardo só para competições”, revela.
A atleta competirá agora no Galicia Longboard Classic, em Pantin, Espanha, entre os dias 28 e 31, e na sequência no Longboard Classic New York, nos Estados Unidos, de 6 a 12 de setembro, duas etapas novas no calendário. A grande final será em Taiwan, de 1º a 7 de dezembro. “É uma mistura de frio na barriga com ansiedade e muita energia”, fala Chloé.
“A felicidade é grande de, finalmente, ter um circuito mundial da WSL, com quatro etapas, onde exclui totalmente o fator sorte e entra a consistência. Com esse novo formato, estou competindo bem mais tranquila em saber que tem mais oportunidade”, diz a competidora, que se preparou bem para os próximos desafios. “Nunca fui para Pantin nem para Nova Iorque. Essa vitória no Pan me deu muito mais motivação e energia e ao mesmo tempo tem o fator surpresa. Já vi vídeos, já estudei as duas ondas, os lugares, clima, água, fundo, mas é muito desconhecido”, explica.
Para Sérgio da Silva, que comanda a New Advance há 30 anos e já produziu mais de 20 mil pranchas, ter uma atleta como Chloé Calmon é importante para posicionar a empresa no mercado. “Mostrar que estamos no caminho certo, puxando o surfe para cima, valorizando equipamentos, tendo atletas, fomentando o esporte, com profissionais com experiência. Investimos muito para isso, viajamos o mundo, buscamos produtos importados para ter qualidade”, argumenta o empresário.
Ele lembra que a galeria de campeões da New Advance conta com nomes como Picuruta Salazar e seu filho Leco, que já foi campeão mundial de SUP Wave. “Ao longo desses anos sempre tivemos atletas, tanto de base, formadores de opinião, parceiros e que sobem ao pódio. A New Advance é pé quente e sempre que o atleta entra para a equipe, passa a ter a melhor fase como competidor”, acrescenta.
Hoje a prancha Chloé Calmon New Advance é um modelo híbrido para que a atleta possa mesclar o surf clássico com o moderno. Para o seu biótipo, o equipamento tem comprimento 9’0″, largura 22.25″, espessura 2.75″ e volume 59 litros. “Desse modelo, trabalhamos com três versões diferentes, variando a curvatura, transição das bordas e fundo e a Chloé opta pela mais adequada no dia da competição, conforme as condições do mar. Essas pranchas são projetadas em um software e usinadas numa máquina de CNC. Como ela também disputa campeonatos de surf 100% tradicional, produzimos as monoquilhas clássicas (modelo Log) e essas eu faço 100% de forma artesanal, na plaina mesmo”, conta o shaper Neco Carbone.
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