Em 2015, o assustador encontro entre Mick Fanning e um tubarão-branco numa etapa do CT em Jeffreys Bay ficou marcado na história do surfe, repercutiu pelos meios de comunicação em todo o mundo e mudou a vida de Fanning. O surfista saiu fisicamente intacto da interação, mas algo mudou psicologicamente, e Fanning encontrou neste momento um dos motivos que o levou a afastar-se do Tour.
“Comecei a pensar no resto da minha vida, quando já não estivesse competindo”, disse o atleta à revista CEO Magazine. “Não foi fácil porque o surfe era tudo, e o oceano era onde me curava. Mas comecei a pensar que estava ficando mais velho, e não iria perder toda a minha identidade quando saísse do Tour”.
Hoje, com 42 anos, Fanning tem muito caminho percorrido fora do mar. Começou vários negócios de naturezas diversas, e através deles conseguiu juntar uma fortuna considerável.
Um desses negócios foi a criação da marca de cerveja Balter, em parceria com Joel Parkinson, Josh Kerr e Bebe Durbidge. Posteriormente, venderam a marca por US$128 milhões. Fanning também criou a Mick Fanning Softboards, primeira prancha no mundo certificada como ecológica e sustentável.
Além de outros investimentos, o fato de ter mantido o patrocínio da Rip Curl e de ser embaixador de marcas como a Mercedes Benz, o surfista australiano encontrou conforto na sua vida pós-Tour.
O seu lado de homem de negócios tornou mais fácil a decisão de abandonar a competição, porque “havia muitas coisas divertidas para fazer no mundo corporativo e muito para aprender”.
Com esse conforto, Fanning quer levar a família para viagens de surfe “e trabalhar o mínimo possível. Quero mostrar a eles o mundo que tive sorte de explorar enquanto surfista profissional”.
Fonte Surftotal