Proibição em Cloud 9

Massificação do esporte em debate

Locais estabelecem regras que proíbem iniciantes em Cloud 9, Filipinas, por conta de acidentes no pico. Norma reacende debate sobre popularização em massa do surfe.

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Piso Alcala, campeão do Siargao Cloud 9 Surfing Cup em 2014© WSL / Will Hayden-Smith
Piso Alcala, campeão do Siargao Cloud 9 Surfing Cup em 2014

A emblemática direita de Cloud 9, na ilha de Siargao, Filipinas, tornou-se palco de uma nova polêmica: a proibição de surfistas principiantes na onda principal, a menos que estejam acompanhados por um instrutor qualificado, reporta o Surf Total.

Segundo o portal, a decisão surge após anos de crescente conflito dentro e fora d’água. A famosa onda, surfada nos anos 90 pelo fotógrafo John Callahan numa viagem com Taylor Knox e Evan Slater para revista Surfer, tornou-se um ícone do surfe mundial — mas também uma vítima da sua própria fama

Hoje, Cloud 9 é mais do que uma onda perfeita sobre um recife afiado, é um destino turístico lotado, onde escolas, camps e até surfshops locais alugam pranchas a iniciantes sem qualquer filtro. Isso ocasiona em acidentes frequentes, conflitos no line up e um ambiente cada vez mais tenso.

Um sistema de controle descentralizado – Ainda de acordo com o Surf Total, um grupo de surfistas locais e experientes liderou um movimento que culminou na nova regra, que não permite alugar pranchas a iniciantes, a menos que estejam sob supervisão direta. Cada pico terá um responsável encarregado de aplicar as regras no local. Resta saber quem irá definir esses chefes de pico e como serão respeitadas as diretrizes.

Uma realidade global – O Surf Total traz também que, o que rola em Cloud 9 não é um caso isolado. Lombok, Marrocos, Maldivas e até Portugal vivem desafios semelhantes. Em alguns do destinos, os instrutores e os seus alunos passam a dominar os picos, muitas vezes ignorando a etiqueta do surfe e a prioridade nas ondas.

Fonte Surf Total