Foi dada a largada para o 51 Ice E-Pro Brasil 2020, apresentado pelo Curta + Floripa. A competição faz parte do inédito circuito virtual Surf Web Series (SWS) e começa nesta segunda-feira (26) com a presença de alguns dos melhores surfistas do País.
A disputa vai até o dia 6 de novembro, e o campeão da prova será anunciado em uma live no YouTube do Waves no dia 8 de novembro.
Esse novo formato de evento online foi desenvolvido pela Surf Open League no início da pandemia do novo coronavírus em 2020. “É uma perspectiva promissora, que chegou para inovar a maneira de competir nos eventos de surfe pelo Planeta”, declara Evandro Abreu, um dos organizadores da etapa brasileira.
O lendário shaper californiano Gary Linden é sócio da Surf Open League, e um dos fundadores do Surf Web Series. Ele comentou mais sobre essa nova proposta de competição.
“Foi a única maneira criada para se ter campeonatos durante esse tempo de quarentena, e passando a pandemia, vai continuar a ser desenvolvida. É a grande chance para os surfistas que não têm patrocínio, dinheiro para viajar ou que não competem bem, mas surfam muito. A dinâmica segue o que acontece no skate, onde o atleta filma uma manobra 50 vezes: em 49 ele cai, mas no vídeo só aparece quando ele completa a manobra”, esclarece Linden.
SWS apresenta sistema de julgamento inovador:
As mudanças de conceitos não estão apenas na fórmula de disputa do evento, mas também no julgamento. “É um formato revolucionário, que busca simplicidade, objetividade e justiça no julgamento das performances. Trabalhamos sem Head Judge no quadro técnico, e confiamos nos critérios dos juízes profissionais e suas decisões sobre as colocações de cada surfista nas baterias”, explica Gustavo Duccini, CEO da Surf Open League.
“Com isso, evitamos o que normalmente acontece nas competições tradicionais: o chefe de juízes induz a nota final dos árbitros, e quem estiver fora dessa média, vai pro corte. O surfe como esporte de apreciação vai ter diferentes pontos de vista dos juízes de maneira descomplicada e sem notas. Eles vão apenas definir quais foram as melhores performances de cada bateria: se foi o atleta A, B, C ou D, e os dois melhores na opinião dos árbitros avançam de fase até a final”, conclui Gustavo.
O julgamento será composto por cinco árbitros: quatro juízes profissionais, e o quinto será o público, que terá sua opinião computada na definição dos resultados.
“Vamos manter os critérios de julgamentos de acordo com o que analisamos nos eventos tradicionais: valorizando as manobras fortes, parte crítica da onda, velocidade, fluidez, link de manobras. A maior dificuldade de se julgar um evento online está na comparação das ondas, surfadas em lugares diferentes. São situações diferentes, mas temos um grupo de juízes experientes, todos comprometidos em fazer justiça ao surfista que merecer vencer a prova”, declara Flávio Caldas, juiz do quadro internacional do circuito mundial.
Para participar, o público deve assistir a competição nas redes sociais da @surfwebseries no Instagram e Facebook. Cada post é uma bateria do evento, e o internauta deve marcar o nome dos dois atletas que foram os melhores de cada disputa no round. Nas baterias homem a homem, apenas o vencedor do confronto deverá ser marcado.
Nomes de peso marcam presença:
A lista oficial de competidores do 51 Ice E-Pro Brasil foi finalizada com algumas adições de última hora. A dupla afiada de irmãos Lucas Chumbo e João Chianca, de Saquarema, confirmou presença.
Concentrando seu foco nas etapas do Qualifying Series, João Chianca (o mais novo dos “Chumbos”) garantiu um segundo lugar no último Volcom Pipe Pro e busca sua vaga na elite mundial do CT. Já Lucas vem grandes vitórias em eventos de ondas grandes, como Nazaré Challenge, Puerto Escondido Cup, Illa Pancha Challenge, dentre outros.
Os dois irmãos são competidores ferozes e sempre difíceis de vencer, cada um com seu próprio arsenal de manobras aéreas, independente de qualquer condição de mar. Para o mais novo dos Chiancas, o SWS é uma nova era no mundo das competições de surfe.
“É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Parece que 2019 nunca esteve tão distante de 2020, de tão diferente que tem sido. Essa fórmula de evento online abre essa oportunidade para muitos surfistas que não têm condição financeira para fazer o circuito mundial, disputarem um grande evento com total exposição nas plataformas da web”, comenta João.
Ex-surfistas do CT, Heitor Alves, do Ceará, e Willian Cardoso, de Balneário Camboriú (SC), vão testar seus anos de experiência no Tour para tentar derrotar os jovens talentos do País. Ian Gouveia, de Maresias, entra para a lista de elite do CT confirmada para participar do 51 Ice E-Pro Brasil, que garante elevar elevar ainda mais o nível desta inédita competição virtual.
Com apenas 16 anos e local de Maresias, Caio Costa é o mais jovem competidor do evento, e está ansioso para participar e enfrentar os experientes ídolos do surfe mundial. Outro talento emergente é o potiguar Mateus Sena, de 18 anos, que está pronto para travar disputas eletrizantes nas baterias online do evento.
A lista segue com Krystian Kymerson (campeão brasileiro de 2018 pela Abrasp), Lucas Silveira (campeão mundial Pro Junior de 2016 pela WSL), Matheus Navarro (campeão mundial Júnior de 2012 pela ISA), além dos experientes Márcio Farney, Thiago Camarão, Diego Rosa, Hizunomê Bettero e Álvaro Bacana.
A prova classificará os quatro melhores atletas dessa seletiva regional para a grande final do SWS, em março de 2021, que definirá o primeiro campeão mundial na história do Surf Web Series. Além da vaga para a etapa final do circuito, o vencedor da etapa no Brasil será coroado como o primeiro campeão brasileiro virtual da Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp).
Formato da competição:
Round 1: Primeiros e segundos colocados avançam para o Round 3. O surfista que ficar em terceiro lugar vai direto para o Round 2 (repescagem).
Round 2 (repescagem): Duas baterias com seis atletas. Os quatro primeiros de cada avançam para o terceiro round; os quintos e sextos colocados são desclassificados.
Round 3: Oito baterias com quatro atletas, onde os primeiros e segundos colocados passam para o quarto round; os terceiros e quartos são desclassificados.
Round 4: Quatro baterias com três atletas. Os primeiros e segundos colocados avançam para o Round 5; o terceiro lugar na disputa é eliminado.
Round 5: Quatro baterias homem a homem. Os vencedores avançam para o Round 6, e os segundos colocados são eliminados.
Round 6 (semifinal): Duas baterias homem a homem. Os vencedores avançam à final, e segundos colocados são eliminados, terminando na terceira e quarta posição no evento, de acordo com a opinião dos juízes. Ambos garantem vaga na etapa final do circuito mundial SWS, que será realizada em março de 2021.
Round 7 (final): O campeão leva para casa o prêmio de R$ 5.250, além do título de campeão brasileiro virtual pela Abrasp 2020. O segundo colocado embolsa R$ 2.750. Ambos garantem vaga para a etapa final do SWS.
Como votar nos melhores surfistas:
Para participar, o público deve seguir o perfil @surfwebseries no Instagram, e assistir aos vídeos das baterias do dia. O internauta deve marcar o nome do melhor surfista da bateria e também pode compartilhar o vídeo nos “stories”, dando aquela força para seu surfista favorito.
Para mais informações, acesse o site Surf Web Series.
O 51 Ice E-Pro Brasil é apresentado pelo Curta + Floripa. Patrocínio: 51 Ice e Nicoboco. Realização: AFESC (Associação das Federações Esportivas de Santa Catarina). Produção: Casa da Árvore. Homologação e Supervisão Técnica: Fecasurf (Federação Catarinense de Surf) e Abrasp (Associação Brasileira de Surf Profissional). Divulgação: Waves
