Sete pessoas morreram depois de comerem carne de tartaruga, na ilha de Pemba, na Tanzânia. Entre as vítimas há uma criança de três anos. Há ainda três pessoas hospitalizadas.
O consumo de carne de tartaruga marinha já chegou a ser proibido na região, mas é considerada uma iguaria comum entre a maioria das pessoas que vivem nas ilhas e nas áreas costeiras do país africano. Acredita-se que aquela que os residentes de Pemba comeram estava intoxicada por uma substância letal.
Em casos raros, a carne de tartaruga pode ser nociva devido a um tipo de intoxicação alimentar chamado de quelonitoxismo. Sua causa exata não é conhecida, mas se aponta que esteja ligada a algas venenosas que as tartarugas comem, de acordo com a Turtle Foundation.
Pelo menos cinco famílias em Pemba, que faz parte das ilhas semi-autônomas de Zanzibar, comeram carne de tartaruga na última quinta-feira (25), disse o comandante da polícia local Juma Said Hamis à BBC.
Os efeitos foram sentidos pela primeira vez no dia seguinte e a criança de três anos foi a primeira a morrer. Dois outros morreram naquela noite e mais quatro no domingo (28). Outras 38 pessoas deram entrada no hospital, mas a maioria recebeu alta e os três que permaneceram estão em condições estáveis.
O pior impacto do envenenamento pode ter ocorrido em crianças e idosos, embora adultos mais saudáveis também possam ser gravemente afetados, afirma a Turtle Foundation.
Esse tipo de tragédia já aconteceu outras vezes. Em março, em Madagascar, 19 pessoas, incluindo nove crianças, morreram após comerem carne de tartaruga, informou a agência AFP, na época.
As autoridades de saúde também chegaram a emitir alertas à população para evitar consumir tartarugas e outras espécies de animais marinhos durante o verão. Todo ano na nação insular, cerca de cinquenta famílias são envenenadas por esse tipo de alimentação e frequentemente há mortes. Casos também foram relatados na Indonésia, Micronésia e ilhas do Oceano Índico na Índia.
Fonte UOL.