A empresa responsável pela construção da primeira piscina de ondas na capital paulista anunciou mais detalhes sobre como será possível usufruir do empreendimento, que é previsto para ser inaugurado a partir de 2023 na região do Morumbi, perto da Ponte Estaiada.
De acordo com a JHSF, incorporadora voltada à alta renda, o modelo de associação para os interessados segue padrão semelhante a um clube. Quem quiser se tornar membro e ter acesso ao espaço precisará pagar R$ 800 mil. Os detalhes foram divulgadas em matéria do site Exame.
“Essa ideia surgiu e já está sendo trabalhada há quatro anos e existem vários interessados, especialmente aqueles praticantes de surfe que não querem perder tanto tempo indo para o litoral”, explica Thiago Alonso, presidente da JHSF.
Além de arcar com a taxa de inscrição, o executivo explica que os associados precisarão pagar uma taxa de manutenção de R$ 21 mil por ano. As vagas serão limitadas, a princípio, a 200 membros.
O empreendimento também incluirá um residencial de alto luxo. Chamado de São Paulo Surf Clube, o espaço de 60 mil metros quadrados terá apartamentos de 300 m2 a 400 m2, com um potencial de venda de R$ 2,3 bilhões, segundo informa a incorporadora.
Como o valor médio será algo entre R$ 22 mil e R$ 25 mil o m2, os imóveis podem chegar a custar até R$ 10 milhões. A construtora Even também participará do projeto.
Para custear a construção da piscina com ondas de maneira mais acelerada, foi adotado esse modelo de associação. A JHSF não revela o custo de construção, mas fontes de mercado ouvidas pelo Estadão estimam que o projeto custará algo em torno de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões. Caso a companhia alcance os 200 membros, a arrecadação já chegará aos R$ 180 milhões.
A ideia da JHSF é fazer com que o espaço não seja só voltado para os praticantes de surfe – nos últimos meses, tem crescido na capital o número de espaços voltados a esportes de praia, especialmente o futevôlei e o beach Tennis.
Para completar, a empresa vai construir no local um shopping center de 20 mil m2, que será aberto ao público.
Tecnologia PerfectSwell
O clube será exclusivo para membros e terá atividades esportivas variadas. Investidores prometem uma uma das maiores e mais modernas piscinas com praia para a prática de surfe do mundo, com a tecnologia PerfectSwell, a mesma utilizada no empreendimento da JHSF, o Boa Vista Village. A tecnologia foi desenvolvida para reproduzir ondas perfeitas e todas as reais condições para a prática do surfe, conforme explicou a companhia.
A tecnologia, que pertence à empresa americana American Wave Machines, foi premiada em 2021 no Shizunami Surf Stadium do Japão, e também conhecida pela piscina de ondas em Waco, no Texas.
A construção do São Paulo Surf Clube começa em abril deste ano e marcará a fase inicial do empreendimento, com expectativa de inauguração no quarto trimestre de 2023. O lançamento e apresentação do clube aos futuros membros acontece nos próximos dias, segundo a JHSF.
O shopping center terá cerca de 20 mil metros quadrados de área bruta locável. As torres residenciais serão de alto padrão, com acesso ao clube de surfe e praia privativa de 60 mil metros quadrados, segundo a empresa.
“Prosseguem as tratativas conjuntas com a Even Construtora, decorrentes do termo de compromisso para desenvolvimento em conjunto de projeto multiuso de alto padrão”, afirma JHSF em comunicado.