Há mais de 20 anos, Santa Cruz, Califórnia e Huntington Beach batalharam nos tribunais pelo título oficial de Surf City. O drama viu cada lado apresentar uma enxurrada de reivindicações de Surf City por meio da mídia local.
Para Santa Cruz, foi um lembrete a todos que a primeira prancha de surfe registrada na Califórnia foi feita na foz do rio pela realeza havaiana em 1885. Huntington Beach afirmava ser o local da música de Jan e Dean de mesmo nome. Porém, foi Huntington que acabou vencendo ao registrar a marca “Surf City USA” no Escritório de Marcas e Patentes dos EUA.
Mas como seria esse cenário na era atual de criação de spots de surfe? Hoje, com a popularidade do surfe, o título de Surf City pode ser aplicado a qualquer lugar onde alguém construa uma piscina de ondas e cultive uma cena local.
A Surf City Lisbon divulgou recentemente planos para a construção de uma piscina de ondas no Seixal, separado do centro de Lisboa pelo Rio Tejo. O objetivo será criar um centro urbano único e exclusivo em torno do tema do surfe.
O projeto integra a Agenda Portugal 2030, que põe em prática o Acordo de Parceria entre Portugal e a Comissão Europeia para aplicar os fundos europeus em projetos que estimulem a economia portuguesa nos próximos anos.
A piscina de ondas será alimentada pela tecnologia Endless Surf. Com este projeto, pretende-se posicionar Portugal como uma peça importante no jogo da geração de ondas artificiais.
A Surf City Lisbon afirma no seu website que este “é marco histórico no desenvolvimento do surfe em Portugal, consolidando o país como um destino excelente” para os adeptos da modalidade.
“Com o principal objetivo de criar um ambiente único e vibrante para residentes e turistas, o projeto proporcionará uma experiência de surfe incomparável através das ondas artificiais, complementando as oportunidades oferecidas pelas ondas naturais.”
O website afirma também que o projeto será um centro de inovação, criatividade e entretenimento, promovendo simultaneamente o surfe e a cultura do mar, enquanto celebra a autenticidade e riqueza do património cultural português.
O portal Surftotal obteve a informação de que, além do Surf City Lisbon a ser desenvolvido no Seixal, há um segundo projeto já aprovado e a ser desenvolvido também na Margem Sul, na zona de Sesimbra.
Ainda não há informação concreta sobre a tecnologia de ondas que será utilizada, mas sabe-se que está adiantada para o início da construção.
Fonte Surf Total
