SP_Urban Digital Festival

Atrações em São Paulo

Jogadoras do game arte “Street Crosser” se divertem na Galeria de Arte Digital SESI-SP. SP_Urban Digital Festival anuncia edição “cápsula” que acontece em quatro pontos da cidade de 17 de maio até 03 de junho.

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Jogadoras do game arte “Street Crosser” se divertem na Galeria de Arte Digital SESI-SP. Foto: Divulgação.

 

A partir de 17 de maio até 03 de junho, o SP_Urban Digital Festival promove uma edição “cápsula” pela capital paulista e se une ao Maio Amarelo, movimento internacional de conscientização para a redução de acidentes de trânsito.

Sob o tema “mobilidade urbana”, a curadoria do SP_Urban irá espalhar obras de arte digital por quatro localizações na cidade de São Paulo. A estação República do metrô, a Avenida Paulista, a Rua Augusta e a Cinemateca Brasileira serão palcos para obras digitais visuais e interativas e performances multimídia.

Vale destacar a obra Street Crosser, dos artistas Noobware & Nutone (Colômbia, Venezuela, Panamá e Suécia), que fez enorme sucesso na Avenida Paulista em 2014, na segunda Mostra Play! – exposição de arte digital que transformou o edifício FIESP/SESI num enorme videogame interativo. A Street Crosser estará disponível para partidas com dois jogadores na área ação cultural do Metrô República e na Galeria de Arte Digital SESI-SP.

Na Rua Augusta, a ação tem como objetivo transformar dois campos cegos de edifícios (empenas) em janelas de processos culturais e tecnológicos. As projeções em grandes superfícies permitirão comunicar a uma quantidade massiva de pessoas. Serão transmitidas seis obras visuais do acervo do SP_Urban Digital Festival e três obras inéditas. Haverá também a transmissão de vinhetas que abordam de forma divertida questões importantes sobre a segurança no trânsito e dialogam com a arte digital.

O encerramento será dia 03 de junho na Cinemateca Brasileira, onde acontecerá a performance multimídia estereoscópica (com ilusões de ótica) do Vigas, uma performance de body mapping com Lia Paris e o VJ Spetto e atrações musicais com suporte visual sincronizado. A grande tela de cinema ao ar livre ainda receberá obras digitais e intervenções audiovisuais.

Apesar desta edição cápsula, o quinta edição SP_Urban Digital Festival, está confirmado para o final de 2017.

Serviços:

Onde: Estação República do Metrô – área cultural
Dias: 17 a 21 e 24 a 28 de maio (de quarta a domingo)
Horário: das 13h às 19h

Obra interativa: Street Crosser – 2 jogadores via mesa.
+ vinhetas SP_Urban x Maio Amarelo

Onde: Galeria de Arte Digital SESI-SP (Av. Paulista 1.313)
Dias: 19 a 31 de maio (exceto dia 22)
Horário: das 20h às 22h

Obra interativa: Street Crosser – 2 jogadores via tablet.

Onde: Rua Augusta (no nº 517 e na esquina com Matias Aires)
Dias: 19, 20, 26 e 27 de maio (sextas e sábados)
Horário: das 18h às 02h

Obras visuais: projeção audiovisual em empenas (fachadas laterais cegas das edificações)
+ vinhetas SP_Urban x Maio Amarelo

Onde: Cinemateca Brasileira (Largo Sen. Raul Cardoso, 207)
Dia: 03 de junho (sábado)
Horário: das 17h às 23h30

Programação:

17h Obras visuais
17h30 Show de abertura: banda Electrip
18h30 Obras visuais
18h50 Performance audiovisual: Lva Vermelha – Lia Paris + VJ Spetto
(inédita performance de body mapping e vídeo mapping sincronizados com a música de Lia)
19h10 Obras visuais
19h30 Performance audiovisual: Estereóptico 2.0 – Vigas
(espetáculo imersivo sensorial, combinando efeitos visuais de ilusão de ótica da estereoscopia, em perfeita sincronia com o áudio).
20h10 Obras visuais
20h30 Música e imagem: banda Autoramas + VJ Ligia Alonso
21h30 Obras visuais
22h Música e imagem: DJ Amanda Mussi + Vigas
23h Obras visuais

Sobre as obras digitais:

Obra interativa – Street Crosser – Noobware & Nutone

(Colômbia, Venezuela, Panamá e Suécia) 2014

Inspirada nos alarmantes índices de atropelamentos em São Paulo, Street Crosserestimula os jogadores a atravessarem uma avenida movimentada sem serem atingidos. Além de cruzarem a rua em segurança, eles também devem ajudar outros personagens do jogo a fazerem o mesmo. O game arte é uma crítica ao (péssimo) hábito de atravessar a rua fora da faixa de pedestres, como também à ausência de áreas seguras para cruzamento em determinados pontos da cidade. A obra faz uso de uma mecânica de jogo semelhante ao Frogger, clássico do Atari. Através de botões coloridos acoplados a uma mesa de acrílico ou de tablets, dois jogadores controlam um pedestre cada. A partida tem duração de 30 a 90 segundos.

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Street Crosser. Foto: Divulgação.

 

Obras visuais – Transite! Coletivo Coletores (Brasil) 2017

Do verbo transitar e/ou um neologismo que mixa o prefixo trans (ir/para além) e site (sítio/local). A obra é o resultado de uma exploração iconográfica de imagens sobre fluxos e deslocamentos. Trata-se de uma ação que mapeia e recompõe, sob o prisma da arte digital, uma variedade de ícones que configuram o trânsito nas grandes metrópoles e insere em meio às representações urbanas tradicionais como carros, motos e veículos de tração animal, elementos que apresentam meios de transporte imaginados pelas utopias e distopias a partir do advento das tecnologias. Por meio de uma estética 8bit convida o público a repensar não apenas os meios de transporte, mas também a decodificar cada imagem apresentada.

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Obras visuais. Foto: Divulgação.

 

Transtópico – Letícia RMS (Brasil) 2017

O vídeo explora a questão da mobilidade urbana sob a perspectiva das mulheres. Apesar delas representarem 55% dos usuários do transporte coletivo, possuem pouca ou nenhuma representatividade no processo de planejamento da cidade. Através de uma abordagem lúdica, a obra visual discorre sobre um sistema de transporte coletivo utópico, onde questões de gênero e a perspectiva das mulheres serão consideradas nos diversos processos de planejamento, garantindo assim a construção de cidades equitativas e seguras, impedindo – pelo menos no mundo fictício – que o medo da violência e do assédio afaste as mulheres do transporte público e impeça seu direto de ir e vir.

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Transtópico. Foto: Divulgação.

 

Color Frequency 0.68 – Ligia Alonso – 2017

A vibração da cidade é emanada de formas e cores, que se misturam e se revelam num fluxo contraditório entre caos e ordem. Pelos seus caminhos percorrem informações, sensações e prazeres.

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Color Frequency 0.68. Foto: Divulgação.

 

Mishap – United VJs (vários países) 2014

“Mishap” é um termo em inglês para designar “acidente infortúnio” conhecido pelo ditado popular you may be lucky and avoid any serius mishaps – você pode ter sorte e evitar acidentes de percurso graves. Produzido em qualidade 4K a obra possui imagens hipnotizantes de optical art e efeitos de animação gráfica elaborados, que chamam a atenção do espectador pela intensidade das cores e formas que redefinem a superfície “plana” de projeção. A trilha sonora em tom de narrativa contribui para enfatizar as sensações de viagem pelo inconsciente. De acordo com os criadores, a obra não é uma história de amor. “É sobre uma série de eventos de má sorte num curto período, em que não se pode fugir”.

 

Soporos – Luciana Nunes (Brasil) 2016

Tendo como ponto de partida a atmosfera contida na obra “As janelas” de Rainer Maria Rilke, a instalação visual tem como objetivo conduzir os espectadores pelas aberturas tangíveis e intangíveis que as janelas podem oferecer, retratando como vivem pessoas em grandes metrópoles. Usando a técnica de time lapse, cria-se uma realidade onde as imagens seguem o ritmo de uma grande cidade, onde, em meio ao caos, cenas cotidianas aparecem como um respiro. Através deste retrato, podemos imaginar histórias, sonhos e frustrações de personagens anônimos.

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Soporos. Foto: Divulgação.

 

Pixels Vigilantes – Alberto Zanella (Brasil) 2016

E se a arte digital urbana invertesse seu papel? Ao invés de ser observada pelo cidadão, a obra faria um monitoramento do cidadão. Os “Pixels Vigilantes” cumprirão este desafio. A obra questiona o quanto somos monitorados pelas paredes e muros das metrópoles. O conteúdo é composto por imagens hackeadas de câmeras de segurança de São Paulo. A obra é pautada com dados reais sobre como estamos perdendo nossa privacidade. Sabia que um paulistano é filmado pelo menos 28 vezes por dia?

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Pixels Vigilantes. Foto: Divulgação.

 

Respire – Maunto Nasci e Marina Rebouças (Brasil) 2016 e 2017

Todos os dias somos vítimas do estresse, da cobrança, de posts ininterruptos… Vivemos numa sociedade em que o excesso de estímulos é regra. A vida nas cidades é tão tumultuada que muitas vezes esquecemos do mais simples: a importância de se respirar. A obra é composta por uma sucessão acelerada imagens, sobreposição de efeitos visuais e frames da cultura pop massificada, gerando uma sensação de caos. Mas o final do vídeo é editado para causar sensação de alívio, enfatizando o poder que a respiração tem sobre o corpo humano.

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Respire. Foto: Divulgação.

 

Desconstrução do Simples Desconstruído – Juli Finkler 2016

A obra remete aos elementos básicos do nosso cotidiano, que são tratados com descaso. Para isso, a artista gaúcha traça formas abstratas e coloridas do espaço urbano e sideral. A obra enfatiza o fato da tecnologia precisar chamar a atenção para a reflexão do uso excessivo das tecnologias, levando a não apreciação da noite, do ambiente ao redor e à perda de se aproveitar o tempo livre através do equilíbrio. A proposta é resgatar momentos simples da real beleza.

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Desconstrução do Simples Desconstruído. Foto: Divulgação.

 

Histórias perdidas pela cidade – Bia Ferrer e Thomás Mena (Brasil) 2016

Projeto autobiográfico, um diário pessoal e ficcional da fotógrafa Bia Ferrer. São fragmentos de histórias reais e/ou ficções, fatos pessoais e de outras pessoas, conhecidas ou desconhecidas associadas a uma imagem. São histórias contadas via Instagram, postadas em sua maioria na madrugada, em momentos propícios a um diálogo. As imagens são memórias visuais criadas acerca de sensações, com referências ao amor, rejeição, solidão e sensualidade, sentimentos inerentes a qualquer ser humano.

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Histórias perdidas pela cidade. Foto: Divulgação.

 

O Festival – Desde sua primeira edição em 2012, o SP_Urban visa expandir o conceito de arte ao estabelecer canais de tecnologia digital como partes integrantes da cidade. Sempre gratuito, o festival preza pela ocupação dos espaços públicos de forma inusitada, fomenta a reflexão sobre o ambiente urbano e destaca os talentos no campo das artes digitais e new media.

O festival incluiu São Paulo ao mapa mundial das cidades que integram media facade ao seu tecido urbano e foi o responsável por projetar a capital paulista na rota do Connecting Cities.

O SP_Urban foi criado pela produtora Verve Cultural em 2012 e funde arquitetura, arte e novas mídias. A Galeria de Arte Digital do SESI_SP (fachada LED Edifício FIESP) foi criada pela Verve Cultural especificamente para as primeiras edições do SP_Urban.

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