Kraftwerk é um influente grupo musical alemão de música eletrônica, formado por Ralf Hütter e Florian Schneider em 1970, em Düsseldorf e liderado por ambos até a saída de Schneider, em 2008. A formação mais conhecida, duradoura e bem sucedida foi aquela que se consolidou entre 1975 e 1987 e que incluía os percussionistas Wolfgang Flür e Karl Bartos.
Reconhecido por muitos críticos musicais como tão influente quanto ou até mais que os Beatles por sua participação na música popular da segunda metade do século XX, as técnicas introduzidas e os equipamentos desenvolvidos pelo Kraftwerk são lugar-comum na música atual e o grupo é geralmente tido como precursor de toda a dance music moderna de modo geral. Suas letras, por vezes cantadas através de um vocoder ou geradas sinteticamente, ainda que minimalistas, geralmente lidam com temas relacionados à vida urbana e à tecnologia.
Em 2014 o Kraftwerk recebeu, junto aos Beatles, o prêmio Grammy Lifetime Achievement, pelo conjunto de suas obras.
História
O Kraftwerk foi fundado em 1970 por Florian Schneider-Esleben (flauta) e Ralf Hütter (teclado) no estúdio Kling Klang, na cidade de Düsseldorf, Alemanha. Conheceram-se quando estudavam no Conservatório de Düsseldorf no final dos anos 60, participando da cena experimental da música da época, o movimento posteriormente intitulado krautrock.
As primeiras formações da banda, entre 1970 e 1974, eram bastante rotativas, com Hütter e Schneider trabalhando com vários outros músicos para gravar quatro álbuns e se apresentar algumas vezes. Entre os participantes destacam-se o guitarrista Michael Rother e o baterista Klaus Dinger, que deixaram a banda para formar o Neu!.
A participação, experiência e influência do produtor Konrad “Conny” Plank foram também significativas. Trabalhou com bandas como Can, Neu!, Cluster, e, como resultado do seu trabalho com os Kraftwerk, o seu estúdio localizado em Colónia tornou-se num dos mais requisitados no final dos anos 70. Plank produziu os primeiros quatro álbuns, mas parou de trabalhar com os Kraftwerk depois do sucesso comercial de Autobahn, aparentemente devido a disputas com contratos da banda.
Emil Schult tornou-se num colaborador regular do grupo no início de 1973, originalmente tocando baixo e violino, produzindo material visual da banda e letras e os acompanhando em turnê.
Após vários álbuns experimentais, o sucesso da banda veio em 1974 com o álbum Autobahn, e a sua faixa homônima de 22 minutos. A canção foi um hit mundial, demonstrando a grande relação da banda com sintetizadores e outros instrumentos electrónicos. Este álbum foi seguido por uma trilogia de álbuns que influenciram bastante a música popular posterior: Radio-Activity (1975), Trans-Europe Express (1977) e The Man Machine (1978).
Em 1975 formou-se o que ficou conhecido como a formação clássica do Kraftwerk, para a turnê de Autobahn. Juntaram-se a Hütter e Schneider Wolfgang Flür and Karl Bartos como percussionistas electrônicos. Depois de anos sem apresentações ao vivo, o Kraftwerk iniciou turnês novamente no final dos anos 90. Ralf queria tocar cada vez mais, mas a dificuldade em transportar os equipamentos analógicos limitou as viagens para fora da Europa. Após a saída de Flür e Bartos, vários outros músicos, como Fritz Hilpert e Henning Schmitz apareceram na formação dos Kraftwerk.
Em meados de 1999, as gravações originais de Tour de France foram finalmente lançadas em CD, indicando um reinício das atividades da banda. O single Expo 2000, a primeira nova música em 13 anos, foi lançado em dezembro do mesmo ano, e posteriormente remisturado por bandas de música eletrônica como Orbital.
Em 2000, o ex-membro Flür publicou uma autobiografia na Alemanha, Kraftwerk: I Was a Robot, revelando vários novos detalhes sobre a vida da banda. Hütter e Schneider mostraram, no entanto, hostilidade à obra.
Em Agosto de 2003, a banda lançou Tour de France Soundtracks, o primeiro álbum desde Electric Café, de 1986. Em junho de 2005, a banda lançou um álbum ao vivo, Minimum-Maximum, que foi compilado de apresentações da banda durante a turnê europeia no início de 2004, recebendo várias críticas positivas.
A maioria das faixas consistia em remodelagens de antigas faixas de estúdio e encerra com a famosa frase da música Musik Non Stop alternando entre a original, dita por Ralf Hütter, e a mixada com vocoder.
O álbum levou um prêmio Grammy para melhor álbum de música eletrônica. Juntamente com o CD, foi lançado um DVD que contém vídeos de apresentações em várias localidades no mundo. Após o fim de uma série de shows em março de 2009, chegando a fazer um no Brasil, o Kraftwerk iniciou outra série de concertos utilizando, em parte, tecnologia 3D.
Em 2011 depois de um tempo ocioso, o Kraftwerk anunciou uma vídeo-instalação em Munique, com shows acompanhados de projeções completamente em 3D e algumas obras jamais tocadas ao vivo.
Já em 2012, após um concerto em Miami, no Ultra Music Festival, o grupo fez uma série de shows no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA). Nessa série de shows, chamada de Kraftwerk 1 2 3 4 5 6 7 8, foram reproduzidos ao vivo, oito dos discos que mais fizeram a fama do grupo, dando atenção especial a qualidade de som e projeção.
De surpresa, o grupo também fez uma espécie de resumo desses concertos no Sónar SP, substituindo a cantora Björk.
Atualmente, o integrante Stefan Pfaffe foi substituído pelo engenheiro de som e vídeo Falk Grieffenhagen, que fez dois shows e duas retrospectivas: em Düsseldorf (Alemanha), Inglaterra, além de Japão, Austrália, bem como pequenas turnês pelo Oriente e Europa.
Capítulos
Introdução: O Germe da Eletrônica – 0:00
Capítulo 0: O Começo do Futuro – 13:00
Capítulo 1: A Jornada Eletrônica – 13:40
Capítulo 2: Radioatividade – 24:45
Capítulo 3: A Europa e a sua estética – 37:00
Capítulo 4: Os Robôs – 49:56
Capítulo 5: Computação – 59:48
Capítulo 6: Teto pop hoje – 1:12:17
Intervalo: O que aconteceu? – 1:18:56
Capítulo 7: Última Seção Europeia – 1:19:38
Assista mais vídeos no canal LaZonaDelnscreup.
Fonte Wikipedia