O bom e velho rock’n’roll, que já vinha se transformando desde os anos 50, sempre influenciado pelo blues, soul e rythm’n’blues, e até mesmo pelo jazz, chega aos anos 80 com a energia renovada do pós-punk.
Porém, o gótico, o dark, o verstir-se de preto, se torna uma tendência marcante, criando um clima sombrio na época, valorizando instrumentalmente as perspectivas eletrônicas que, aos poucos, faz o rock desgarrar do blues e de suas origens mais sintomáticas.
Nesta playlist, alguns grupos que fizeram parte deste movimento, com destaque para os britânicos Joy Division, U2, The Cure, Police, Smiths e Siouxsie and the Banshees.
Na contramão do astral pesado, outros grupos trilharam alternativas mais felizes, alegres e positivas, como os americanos do Talking Heads, Devo, B-52, Missing Persons e Oingo Boingo, bandas mais dançantes e que fizeram parte de um movimento chamado new wave.
Em São Paulo, Rose Bom Bom, Madame Satã e Carbono 14 foram o epicentro deste ambiente criativo dos anos 80, reunindo tribos de todos os espectros do underground paulistano, como punks e góticos em geral, incluindo surfistas, skatistas, grafiteiros, artistas e descolados em geral.
Confira abaixo algumas destas bandas durante o auge criativo. Isso porque muitas perderam-se em projetos de apelo mais popular e sem muita identidade aos propósitos que ficaram para traz.
De qualquer maneira, os anos 80 são a maior referência ao rock atual, sem muito a ver com as bandas mais famosas da década que sucederam. Naquela época, ainda havia muito espaço para projetos tradicionais, como Queen, Pink Floyd, Stones ou Black Sabbath, Van Halen e outros supergrupos. Mas, a ruptura dos anos 80 com o passado blueseiro foi uma passagem expressiva e vale a pena rever a cena.
Joy Division
The Cure
Siouxsie and the Banshees
The Police
U2
Smiths
Bauhaus
Missing Persons
B-52s
Devo
Talking Heads
Duran Duran
Romeo Void
Oingo Boingo
Roxy Music
Billy Idol
Killing Joke
Public Image Limited
Jesus & Mary Chain
Pixies
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