De acordo com o Mapa de Produção, 90% da cota de 460 toneladas de tainha foi atingida. Por este motivo, o Ministério da Pesca e Aquicultura publicou Portaria MPA nº 100/2023, que encerrou às 23h59 do dia 21 de junho de 2023, a temporada de pesca da tainha para a modalidade de emalhe anilhado.
O emalhe anilhado consiste em uma adaptação das redes de emalhe tradicionalmente empregadas pelos pescadores artesanais na captura da tainha, porém promove o fechamento da rede no momento da captura e usa o anilhamento para não ocorrer a fuga, resultando na transformação de uma rede de emalhe de pesca.
A pesca por outras modalidades, como arrastro de praia, emalhe de superfície (liso), tarrafa, seguem permitidas normalmente.
“A safra da tainha neste ano decorreu com uma cota de captura menor que a do ano passado por uma questão técnico-científica estabelecida anteriormente e que já nos comprometemos em revisar. Claro que gostaríamos de autorizar cotas maiores, mas é importante ter em mente a preocupação com a sustentabilidade dos estoques. A sobrepesca de hoje pode se transformar na pobreza do pescador amanhã”, analisou o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.
Encontra-se em criação um Grupo de Trabalho formado pelo setor pesqueiro e governo, que irá discutir as cotas da tainha para o próximo ano. Os resultados serão encaminhados ao Comitê Permanente de Gestão da Pesca e do Uso Sustentável dos Recursos Pesqueiros Pelágicos das Regiões Sudeste e Sul (CPG Pelágicos SE/S), marcado para os dias 5 a 7 de dezembro.
“O certo é que ouviremos todos os lados de forma ampla e chegaremos a um ordenamento que satisfaça igualmente as questões sociais, econômicas e de sustentabilidade ambiental”, adianta o ministro.
A partir da Portaria MPA nº 100/2023, as embarcações que estiverem em atividade de pesca no mar, poderão realizar o último desembarque de tainha em até 24h após o encerramento da temporada.
Fonte Ministério da Pesca e Aquicultura