Cavalos-marinhos

Aquário recebe animais

Cavalos-marinhos são doados ao Aquário de Ubatuba pela Universidade de São Paulo (USP) com intuito de reproduzir e conservar a espécie.

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Desde 2017, o Aquário de Ubatuba desenvolve protocolo de reprodução de cavalos marinhos, e obtém êxito nos nascimentos, engorda e manutenção dos animais.

No último dia 17 de janeiro, 680 recém-nascidos de cavalos-marinhos da espécie Hippocampus reidi foram doados ao Aquário de Ubatuba pelo Laboratório de Fisiologia Comparativa de Pigmentação, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP).

Desde 2017, o Aquário de Ubatuba desenvolve protocolo de reprodução de cavalos-marinhos, tendo obtido êxito nos nascimentos, engorda e manutenção dos animais. Através desta parceria de cooperação técnica, já destinou 3 mil recém-nascidos ao laboratório.

Para o Diretor Executivo do Aquário de Ubatuba, o oceanógrafo Hugo Gallo, esse tipo de parceria reforça o trabalho do Aquário como instituição com fins de conservação, visando não só garantir a sustentabilidade do seu plantel e da população da espécie como também colaborar com a pesquisa científica.

Transporte dos animais é bastante sensível e requer algumas metodologias e estudos prévios feitos pelos especialistas do Aquário.

“O cavalo-marinho tem um apelo muito grande junto à população, é uma espécie chave no Aquário de Ubatuba quando se trata de educação ambiental. E pelo seu status de conservação, de quase ameaçada de extinção, dominar sua reprodução é muito importante, gerando inclusive conhecimentos necessários para se pensar em um repovoamento da espécie no ambiente natural”, ressalta Hugo.

O trabalho intitulado “Sistema visual do cavalo-marinho, Hippocampus reidi, padrões de coloração, percepção visual, mudança de cor e ritmos circadiano”, faz parte do programa de doutorado de Jose Araujo Souto Neto, executado sob a orientação da Drª Ana Maria Castrucci.

“Para realização dos experimentos, é necessária uma quantidade razoável de indivíduos, e a doação pelo Aquário de Ubatuba permite o avanço dos estudos e evita a coleta de exemplares da natureza”, conta Bruna Maganhe, zootecnista do Aquário.

Segundo Bruna, o transporte desses animais é bastante sensível e requer algumas metodologias e estudos prévios. Os cavalos marinhos recém-nascidos, com menos de 15 dias, são animais planctônicos assim como outros organismos marinhos, e precisam de fluxo para se manterem na coluna d’água, não sendo adequado e seguro transportá-los em saquinhos. Dessa forma, os animais foram acondicionados em garrafas sem bordas, para não haver ponto morto, com aeração constante e monitoramento dos parâmetros da água, durante toda a viagem.

O monitoramento dos parâmetros de saturação de oxigênio, nitrogenado, temperatura, antes, durante e depois do transporte, visa garantir qualidade desse translado, de vida e avaliar a mortalidade durante o trajeto. A partir desses dados, a equipe pode aperfeiçoar e desenvolver novos protocolos.

Sobre o Aquário de Ubatuba:

É o primeiro privado do Brasil aberto à visitação do público e pioneiro no conceito de educação ambiental por meio do contato direto com animais. Destaca-se no país pelos projetos e realizações ao longo de 24 anos, completados em fevereiro do ano passado. Pioneiro em ter elasmobrânquios sob cuidados humanos, um tanque de águas vivas e um tanque de contato no Brasil.

A instituição, ainda, possui certificado de bem-estar animal emitido pela Associação dos Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB) em parceria com a Wild Welfare Worldwide e é premiada e reconhecida por iniciativas práticas de conservação e por ter sido a primeira em colocar em exercício iniciativas sustentáveis. Atende, gratuitamente, estudantes de escolas públicas da cidade mediante capacitação de professores. O Aquário de Ubatuba está funcionando com capacidade reduzida e mediante um rigoroso protocolo de higiene.

Conheça mais sobre o Aquário no Instagram @aquariodeubatubaoficial e no site.