Vazamento de petróleo

Peru declara emergência ambiental

Vazamento de petróleo na Refinaria de Talara, operada pela Petroperú, afeta mar do norte do Peru e autoridades comunicam estado de emergência ambiental.

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Um vazamento com origem na Refinaria Talara, operada pela estatal Petroperú, transformou o norte do Peru, em um cemitério marinho, onde peixes, polvos e golfinhos manchados de petróleo no último domingo (22), informou o El País.

Segundo o portal, um relatório preliminar da empresa informou que cerca de 0,9 barris ou 37,8 galões de petróleo foram despejados no oceano. O incidente, de acordo com a agência, ocorreu à meia-noite da última sexta-feira (20), durante as manobras de um carregamento de hidrocarbonetos no navio Polyaigos.

O Peru declarou na noite da última quarta-feira (25) emergência ambiental. A medida terá validade de 90 dias, período em que as autoridades “deverão realizar os trabalhos de recuperação e remediação” da área contaminada na província de Talara, de acordo com uma resolução do Ministério do Meio Ambiente citada pela agência estatal Andina, informou o O Globo.

Segundo a Petroperú, as ações de limpeza em cerca de seis praias afetadas no distrito de Lobitos “praticamente foram concluídas”, restando os trabalhos de remediação para mitigar o impacto sobre aves, fauna e o comércio da região, cuja população depende da pesca e do turismo.

O Organismo de Avaliação e Fiscalização Ambiental (OEFA), vinculado ao governo, verificou na última segunda-feira (23) que o óleo derramado se espalhou por uma área de 47 a 229 hectares, desde a refinaria de Talara até a praia Cabo Blanco.

O Globo informa ainda que o Ministério Público do Peru, por sua vez, iniciou no último domingo (22) uma investigação contra a Petroperú por possível crime de contaminação ambiental, após encontrar evidências de “presença de uma substância oleosa e sedimentos impregnados tanto no mar quanto na areia da praia Las Capullanas”. Também foram encontradas “aves e fauna marinha gravemente afetadas pela contaminação das águas”, acrescenta.

Fontes O Globo e El País