Cerca de 20 baleias foram enterradas entre 2021 e este ano em Jaguaruna, cidade do Sul catarinense onde uma jubarte encalhou viva na quarta-feira (5). Indivíduos de outra espécie que morreram na região também já foram sepultados no município, segundo o diretor do Instituto do Meio Ambiente de Jaguaruna (IMAJ), Dhiego Corrêa.
A baleia-jubarte que encalhou na quarta foi vista por um morador pela manhã desse dia na Praia de Balneário Esplanada. Em seguida, equipes de resgate foram chamadas. Elas, junto com moradores, fizeram várias tentativas para que o animal voltasse ao fundo do mar, mas sem sucesso.
Diante disso, os biólogos decidiram na quinta (6), após a baleia ficar mais de 24 horas encalhada, pela eutanásia. As condições do local onde o animal encalhou, o tamanho dele e o estado de saúde foram considerados, informou a bióloga Karina Groch, do Instituto Australis.
Os pesquisadores não decidiram quando será feita a eutanásia na baleia.
Enterros
Após o procedimento, a jubarte passará por necropsia na praia e, depois, será enterrada. O sepultamento é feito pela prefeitura.
Conforme Corrêa, quatro indivíduos da espécie jubarte foram enterradas no município no ano passado. Os outros sepultamentos foram de baleias-francas. Os dados são referentes às áreas entre a Barra do Torneiro e a Barra do Camacho.
“Geralmente são animais mortos que encalham e a gente aciona o projeto EducaMar, que é a instituição que tem licença para monitoramento de pesquisa. Se houver necessidade, eles vêm no local, fazem uma coleta e os registros necessários, e depois é feito o enterro da baleia”, explicou.
Entre os animais que encalharam em Jaguaruna estão um filhote de baleia-franca de cerca de 6 metros de comprimento que foi encontrado morto na Praia de Campo Bom em setembro e uma baleia-jubarte encontrada morta em avançado estado de decomposição em outubro de 2021.
Eutanásia
Em relação à decisão pela eutanásia da jubarte que encalhou na quarta (5), a bióloga Karina Groch explicou que a baleia é muito grande e as condições de maré e da onda de arrebentação são desfavoráveis para que o animal desencalhasse. “A zona de arrebentação é muito extensa. Um barco ficaria muito longe para o resgate”, disse.
Uma tentativa para fazer a baleia voltar para o fundo do mar seria feita nesta quinta, com o uso de embarcações para rebocar o animal. Porém, houve piora das condições climáticas, com ondas entre 2 e 3 metros e vendavais, informou o Instituto Australis. Isso deve continuar nos próximos dias.
Fonte G1