O Instituto Argonauta foi acionado duas vezes na semana passada, na terça-feira, dia 25 de julho e na quarta-feira, dia 26 de julho, por conta da aparição de um elefante-marinho entre as praias de Capricórnio e Massaguaçú na cidade Caraguatatuba (SP) e na Praia das Sete Fontes, em Ubatuba (SP). Por isso, está monitorando o animal.
Na tarde de terça-feira, 25 de julho, o animal foi avista na praia do Capricórnio em Caraguatatuba (SP). A equipe acompanhou seu descolamento e observou que ele estava bem e descansando. Ao final do dia, ele retornou para água, e não foi mais avistado.
Dia 26 de julho, na quarta-feira, no início da tarde, a equipe recebeu outro acionamento informando que avistaram o elefante-marinho, desta vez na praia das Sete Fontes, em Ubatuba (SP).
Assim que foi informada, a equipe de atendimento veterinário do Instituto Argonauta se deslocou até o local, ficou um tempo observando o animal e constatou que ele estava bem, com um bom escore corporal, apresentando alguns arranhados dentro da normalidade do comportamento de deslocamento dessa espécie. Ele ficou sendo observado pela equipe durante um tempo e, um pouco antes do fim da tarde, retornou para água e não foi avistado mais.
“Estamos acompanhando o deslocamento do animal e pedimos atenção de todos para entrarem em contato em caso de o virem”, alerta equipe do Instituto Argonauta.
É comum esses animais jovens se deslocarem pelo Atlântico Sul e, nos últimos anos, temos encontrado alguns animais se deslocando um pouco mais ao norte, observando então a presença deles nas praias. Não é frequente, mas também não é rara esse tipo de ocorrência.
Esse animal vem da região sul do Brasil – um pinípede, espécie que também compreende animais como as focas e leões-marinhos, e tem origem no entorno da Antártica.
A espécie que foi avistada, é um elefante-marinho (Mirounga leonina) macho juvenil, com cerca de 3 metros de comprimento.
De acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas (em inglês, IUCN Red List ou Red Data List), o elefante-marinho (Mirounga leonina) está classificado no grupo “segura ou pouco preocupante”, (em inglês, least concern), que é a categoria de risco mais baixo.
Espécies abundantes e amplamente distribuídas são incluídas nesta categoria. No entanto, a espécie sofre com os impactos da interação antrópica, a exemplo de outros animais marinhos, causados pela pesca, os efeitos das mudanças climáticas e alterações no ambiente marinho.
Sobre o Instituto Argonauta
O Instituto Argonauta foi fundado em 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba e reconhecido em 2007 como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público).
Tem como objetivo a conservação do Meio Ambiente, em especial dos ecossistemas costeiros e marinhos. Para isso, apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, dentre outras atividades.
Sobre o PMP-BS
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.
O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Argonauta monitora o Trecho 10, compreendido entre São Sebastião e Ubatuba.
Para obter mais informações sobre o PMP-BS, acesse Comunica Bacia de Santos.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones: 0800-642-3341 (horário comercial) ou diretamente para o Instituto Argonauta: (12) 3833.4863 – 3833.5789/ (12) 3834.1382 (Aquário de Ubatuba)/ (12) 3833.5753/ (12) 99705.6506 e (12) 99785.3615 – WhatsApp.
Também é possível baixar gratuitamente o aplicativo Argonauta, disponível para os sistemas operacionais iOS (APP Store) e Android (Play Store). No aplicativo, o internauta pode informar ocorrências de animais marinhos debilitados ou mortos em sua região, bem como informar ainda problemas ambientais nas praias, para que a equipe do Argonauta encaminhe a denúncia para os órgãos competentes.
Saiba mais em: Institutoargonauta.org, Facebook e Instagram.