O resultado do Mutirão Contra o Aedes Aegypti, realizado no sábado (22), na Praia Brava (SC), pela Associação de Surf Praias de Itajaí (ASPI) chamou a atenção pela quantidade de focos de larvas de mosquito encontrados e o problema do descarte do lixo de forma incorreta. No domingo (23), rolou o Surf Solidário na praia da Atalaia, onde foram arrecadados 48 quilos de alimentos.
A ação contou com o apoio da Vigilância Epidemiológica, que recolheu as larvas e encaminhou para o laboratório municipal, onde após análise será descoberto se eram de aedes aegypti ou não. Foram encontrados mais de 10 focos em copos plásticos, latas de cerveja e garrafas. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, metade das larvas recolhidas sempre são de aedes aegypti.
O fato que chamou atenção da Vigilância foi a grande quantidade de focos em um espaço de 800 metros onde o mutirão foi realizado. Para o presidente da ASPI, José Alberto Luz, o evento mostrou que a falta de consciência dos frequentadores da Praia Brava é uma das causas da grande proliferação de mosquitos em Itajaí.
“Com o mutirão conseguimos provar que o mosquito está em todos os lugares da cidade. Esperamos que nossa ação sirva de alerta para os frequentadores da Brava e que comecem a descartar o lixo corretamente”, ressalta Beto.
O Instituto Itajaí Sustentável também participou do mutirão e ajudou na separação do lixo recolhido na restinga. O lixo separado foi encaminhado para a cooperativa que coordena a usina de lixo reciclado de Itajaí. Os 33 voluntários ajudaram a recolher 167 quilos de lixo em duas horas de trabalho.
Domingo de surfe na Atalaia
No domingo de manhã a ação da ASPI foi para desenvolver o surfe e levar o esporte para quem quer aprender a surfar ou conhecer o esporte mais de perto. Para se inscrever era necessário levar um quilo de alimento não perecível e um litro de leite. O projeto Surf Solidário da Escola de Surf do Atalaia existe há 20 anos e também ajuda entidades com os alimentos arrecadados no projeto.
Após a inscrição os alunos foram recepcionados pelos professores da escola. Na primeira parte da aula é teórica, onde os alunos aprendem a como remar e subir na prancha. Na sequência vem o aquecimento e aí os alunos vão para o mar. Foram duas equipes com seis alunos, cada um com um professor para dar orientação e fazer com que a mágica do surfe aconteça. Para Joaquim Marcon Sikorski Santos, 12 anos, a aula foi muito boa. “O professor explicou bem e me ajudou a subir na prancha com muita facilidade”, revela o garoto.
Foram arrecadados 11 quilos de alimentos e 11 litros de leite que serão doados para as instituições cadastradas pela Escola de Surf do Atalaia.