O óleo derramado na costa do Nordeste já alcança 14 localidades do Espírito Santo, no Sudeste, e autoridades temem que ele possa chegar ao litoral do Rio de Janeiro nos próximos dias.
De acordo com Humberto Barbosa, coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas, a direção e intensidade das correntes marítimas e ventos na superfície do mar serão determinantes para a chegada do óleo ao Rio.
Enquanto isso, governo fluminense criou um grupo de trabalho especial para a vigilância da costa. O objetivo é garantir uma pronta resposta em caso de o petróleo chegar no Estado.
O grupo é coordenado pela secretária estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Ana Lúcia Santoro, e composto por técnicos da secretaria e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
“Na última semana, o Inea realizou a capacitação de 80 pessoas, entre técnicos da Defesa Civil estadual, do Corpo de Bombeiros e do próprio órgão ambiental, além de militares do Exército para atuação em caso de surgimento de óleo na costa”, informou o Inea em nota. “O treinamento incluiu atividade prática na praia, onde o grupo simulou atendimento de emergência.”
Desde a última segunda-feira (11), o Inea iniciou a capacitação dos 25 municípios costeiros do estado. Inicialmente, o foco será nos municípios do noroeste fluminense e região dos lagos e, na próxima semana, nos municípios da Região Metropolitana e do sul fluminense.
Desde que começou a aparecer no litoral brasileiro em setembro, as manchas de óleo já atingiram 494 praias de dez estados brasileiros.
Fonte O Estado de S.Paulo