Pequenos fragmentos de óleo foram detectados na última quinta-feira (21) na Praia de Grussaí, em São João da Barra, litoral norte do Estado do Rio. Foi o primeiro registro no litoral fluminense do resíduo que já chegou a praias de toda a Região Nordeste e do Espírito Santo.
O material encontrado tem cerca de 300 gramas, segundo o Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM). Equipes do Ibama, Marinha, Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da prefeitura de São João da Barra iniciaram vistorias em busca de novos fragmentos da substância.
No domingo (24), a Marinha do Brasil recolheu amostras de óleo de mais três cidades do Rio e enviou para análise e investigação da origem. Foram recolhidas pequenas amostras de óleo nas praias de Santa Clara e Guriri, em São Francisco de Itabapoana; e na praia do Barreto, em Macaé. No Canal das Flechas, em Quissamã, foi recolhido aproximadamente um quilo de resíduo de óleo.
Ainda não se sabe se o óleo encontrado nessas cidades é o mesmo que chegou às praias do Nordeste, do Espírito Santo e ao município de São João da Barra. O material recolhido foi encaminhado ao IEAPM, em Arraial do Cabo.
Um navio-patrulha da Marinha está sendo deslocado para a região, tendo com base a Capitania dos Portos de de Macaé para apoio aéreo e naval. O comandante do 1º Distrito Naval, vice-almirante Flávio Augusto Viana Rocha, acredita que o impacto será menor no Sudeste.
“Os fragmentos estão chegando muito levemente. Tudo parece crer que teremos um impacto menor na Região Sudeste, mas estamos preparados para qualquer situação. Contingente e meios não vão faltar. Não há motivos para alarde”, declarou Rocha em depoimento ao Portal G1.
As primeiras manchas de óleo foram localizadas na Paraíba em 30 de agosto. Desde então, o óleo já foi localizado em 724 localidades, segundo levantamento do Ibama divulgado na sexta-feira (22). Entre os municípios do litoral nordestino, principal região do Brasil atingida, 72% dos municípios tiveram praias afetadas.
Oito dos 11 estados afetados pela manchas de óleo que contaminam o litoral brasileiro desde agosto estão destinando os resíduos para aterros sanitários ou fábricas de cimento que reaproveitam o material. A origem do derramamento segue desconhecida.
Fonte G1