Uma idosa de 79 anos foi atacada por um tubarão na Praia Grande, em Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo. O caso é o segundo registrado na cidade em menos de um mês – no início de novembro, um turista francês também foi atacado por um tubarão.
O novo ataque de tubarão foi confirmado pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) e a suspeita é de que tenha sido vítima da espécie tubarão-tigre ou cabeça-chata, ambos de porte médio, presentes nas águas paulistas.
A vítima é de Piranguinho (MG) e estava na cidade para o feriado de Proclamação da República. Ela estava na Praia Grande, a mais buscada por turistas em Ubatuba, com a família no último domingo (14) quando na água foi atacada pelo animal.
A idosa teve um corte de cerca de 25 centímetros de extensão na perna. De acordo com a prefeitura, a idosa foi socorrida para a Santa Casa, teve o ferimento suturado e depois foi liberada.
A família da vítima alegou no hospital que ela teria sido atacada por um tubarão. As imagens do ferimento foram encaminhadas ao professor Otto Bismark, da Unesp, especialista em tubarões. Segundo o especialista, as características do ataque descrito pela vítima e a análise do ferimento comprovaram o ataque.
Em nota técnica, ele explicou que “o agente causador do trauma foi uma espécie de tubarão de médio a grande porte, com cabeça arredondada, focinho curto”, informou o pesquisador.
Otto ainda aponta que, pelas características dos dentes, a idosa foi vítima ou de um tubarão-tigre ou de um tubarão cabeça-chata. As duas espécies se alimentam de peixes de porte médio, são comuns no litoral paulista e usam a costa – próximo à praia – para alimentação e busca de áreas adequadas para reprodução.
Segundo ataque no mês
Este é o segundo ataque de tubarão na cidade neste mês. Após o feriado de Finados, um turista francês também foi atacado por um tubarão em Ubatuba.
Nesse caso, no entanto, ainda não foi identificado o que poderia ter causado o ataque, que é incomum no litoral norte. Há pelo menos trinta anos a região não registrava ataques de tubarão. Os pesquisadores afirmam que irão apurar os motivos que levaram aos ataques.
Fonte G1