A Firewire Surfboards anunciou que vai deixar de adquirir caixas de quilhas da FCS, passando a trabalhar exclusivamente com a Future Fins – esta decisão demorará até um ano a ser concretizada.
Desta forma, a Firewire desvia-se do caminho tomado pela maior parte dos fabricantes numa decisão sem precedentes, visto que o comum é que sejam fornecidas opções FCS e Future Fins. Outras marcas podem seguir este passo ou não, mas a medida pode, de qualquer forma, ter um impacto na indústria.
Em entrevista para o portal The Inertia, o CEO da Firewire Mark Price, lembra que esta não é a primeira vez que a marca influencia o resto do mercado. Ao perceber, por exemplo, que muitos dos seus consumidores trocavam as quilhas que vinham com as pranchas por quilhas de melhor qualidade, a marca optou por deixar de incluir quilhas nas pranchas, e hoje em dia essa é a prática mais comum.
“Queremos ser disruptivos de forma construtiva”, explica.
Várias razões levaram a esta decisão. Uma delas tem a ver com uma necessidade de simplificar a produção, reduzindo os tipos de caixas de quilhas em estoque. Outro motivo é que a produção das Future Fins é feita na Califórnia, enquanto a FCS produz fora dos Estados Unidos. “Não temos nada contra a produção fora do país, mas se temos uma opção mais simples, porque não usá-la?”.
Price assegura que também foi levada em conta a opinião dos consumidores, e que várias pesquisas foram feitas. A conclusão é que esta decisão resultará certamente na perda de alguns clientes, mas que a maior parte dos seus consumidores aceitariam a mudança.
O CEO menciona que para esta decisão ser tomada, havia a necessidade de ter o apoio de Kelly Slater, algo que podia ser um obstáculo, visto que a FCS é patrocinadora de longa data do Goat. A criação das Endorfins, quilhas do próprio Slater, ajudaram a atenuar esta preocupação.