Foi encerrada nesta semana em Saquarema (RJ), a etapa brasileira da World Surf League, principal competição do planeta, com vitória de Filipe Toledo, surfista de Ubatuba, numa final contra Samuel Pupo, de São Sebastião.
E como todos sabem, apesar dos holofotes estarem obviamente voltados para o mar, a corrida em busca do ouro tem início fora da água, e passa pelas mãos de figuras indispensáveis, os shapers, profissionais responsáveis pela confecção das pranchas.
Nesta edição, o protagonismo foi todo do brasileiro Marcio Zouvi, fundador da marca Sharp Eye e shaper de três dos seis primeiros colocados do ranking desta temporada: o líder Filipe Toledo, o segundo colocado Jack Robinson e o sexto, Kanoa Igarashi.
Ele explica que cada atleta leva em média 10 pranchas para uma etapa. “Costumo fazer três iguais, a que o atleta mais vai usar, de acordo com o padrão de onda de cada local. Nas outras, vou explorando outros tamanhos, maiores e menores. É preciso levar em consideração as particularidades de cada lugar no tour, como tamanho do mar. Por isso essa variedade, para o surfista estar municiado em qualquer circunstância”, detalha o brasileiro radicado na Califórnia.
Além dos surfistas citados, Miguel Pupo, Jake Marshall, Tatiana Weston-Webb e Johanne Defay, vice-líder do ranking feminino, também utilizaram pranchas produzidas pela Sharp Eye nas ondas do Maracanã do surfe.
Para garantir a segurança das pranchas durante a logística do aeroporto do Galeão – onde chegaram as pranchas que vieram da Califórnia – a Saquarema, a Sharp Eye fechou uma parceria com uma concessionária carioca.
“Tenho Toyota aqui nos EUA já há uns 20 anos. As caminhonetes da Toyota são espetaculares, não só pelo espaço, mas também pela facilidade e segurança para o transporte das pranchas e pela engenharia. Sou fã da marca”, destaca o shaper. Para o transporte das pranchas foram utilizadas uma Hilux e uma SW4.