Representantes de todo o mundo estão reunidos na sede da ONU em Nova Iorque, em negociações para salvar os oceanos da superexploração. As discussões vão até 26 de agosto, no âmbito da 5ª Conferência Intergovernamental sobre a Biodiversidade Marinha em Zonas Fora da Jurisdição Nacional.
Em discussão está o Tratado de Alto Mar da ONU, documento que vem sendo ajustado, há uma década, no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. A meta é que 30% dos oceanos sejam inclusos em áreas de conservação até 2030. Atualmente somente 1,2% está protegido.
O tema da conservação e utilização sustentável da diversidade biológica marinha está associado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 sobre a conservação e utilização sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos.
A expectativa é que o um tratado assegure a proteção da vida marinha de atividades como pesca excessiva e ações humanas como o tráfego marítimo que, aliadas à ameaça das mudanças climáticas, ameaçam a vida marinha.
Durante a Conferência dos Oceanos, em Lisboa, a ONU News conversou com o enviado especial dos Oceanos, Peter Thomson, que disse acreditar em consensos.
Para Thomson, o consenso será alcançado mesmo em documento com aparentes brechas. Ele disse esperar harmonia internacional em Montreal, no Canadá, em dezembro, quando ocorrerá a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, COP 15. Thomson afirma que nenhum grupo de representantes ou países-membros quer ser exceção depois de consensos anteriores.