Atual presidente, Adalvo Argolo foi reeleito para o cargo de presidente da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) nesta quarta-feira (30). Ele obteve oito dos 13 votos na eleição online, com Jojó de Olivença recebendo cinco indicações. A Chapa Nação Surfe Brasil, do candidato Ricardo Bocão, decidiu não participar do pleito e vai contestar a votação na Justiça.
Aos 58 anos de idade, o baiano nascido em Itamaju, criado em Ilhéus e atualmente morando em Salvador, segue para o seu segundo mandato, agora tendo como vice o catarinense Reiginaldo Ferreira. A assembleia para a escolha do presidente foi iniciada às 10 horas, com a participação de cinco das oito federações aptas a votar: Bahia, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Alagoas, Ceará e Paraíba, que apoiavam a candidatura da chapa Nação Surfe Brasil, também decidiram não participar da eleição.
Oito integrantes da Comissão de Atletas da entidade também tiveram direito a voto: Bruno Galini, Nathalie Martins, Suelen Naraísa e Wiggolly Dantas (Surfe), Carlos Bahia (Longboard), Luiz Phelipe Nobre (Para Surfing), Ivan Tadeu dos Santos (Stand Up Paddle) e Eder Luciano (Bodyboarding). Também foram eleitos, por aclamação, dois novos membros do Conselho Fiscal – Marco Ferragina e Michael Cardoso, ambos de São Paulo. Outra vaga titular e três suplentes serão preenchidas em uma nova eleição para essa finalidade.
A eleição, presidida por Marcelo Barros, da Federação Baiana, foi realizada de forma virtual por determinação da Justiça. O pleito aconteceu pela Plataforma SGE (Sistema de Gestão Esportiva), implementado pela CBSurf no segundo semestre deste ano e também utilizado por outras confederações, como Canoagem, Desportos Aquáticos, Handebol e Taekwondo. De acordo com a CBSurf, o sistema garantiu o sigilo do voto, com armazenamento criptografado dos dados, com protocolo de segurança e acesso seguro.
Eleito para a gestão 2021/ 2024, Adalvo agradeceu os participantes da assembleia e já projeta o futuro do esporte, que terá a sua estreia olímpica nos Jogos de Tóquio em 2021. “Essa eleição foi uma batalha muito grande em que todos os nossos movimentos foram em prol da entidade. Estamos abertos a conversar com todos para que tragam novas ideias e que possamos melhorar ainda mais essa relação nossa com o atleta, para que o surfe seja mais fortalecido”, declarou Adalvo.
A eleição originalmente estava marcada para o dia 18 de dezembro em um hotel de Salvador (BA), mas acabou suspensa pelo Tribunal de Justiça da Bahia depois que seis federações estaduais (Sergipe, Paraíba, Espírito Santo, Pernambuco, Alagoas e Ceará), apoiadas pela chapa Nação Surfe Brasil, indicaram uma série de possíveis irregularidades no processo eleitoral.
Um novo edital foi publicado pela CBSurf na última semana e o pleito acabou sendo realizado nesta quarta-feira (30), mas sem a presença da chapa Nação Surfe Brasil, que chegou a chamar de “nebuloso” o processo eleitoral conduzido pela CBSurf e vai tentar barrar o resultado na Justiça.
Com informações de Fábio Maradei.