A obra da ponte Bioceânica, que ligará o município sul-mato-grossense de Porto Murtinho à cidade paraguaia de Carmelo Peralta, e que está sendo realizada em várias frentes para consolidar a Rota Bioceânica, registra atualmente um avanço de 24,68% em nível geral.
Cerca de 450 pessoas trabalham no local, realizando diversas atividades nas duas margens do rio Paraguai, que já começa a transformar todo o seu entorno com o andamento do projeto.
Boletim do Consórcio Pybra, aponta que do lado paraguaio 100% das estacas já foram firmadas; 96% dos blocos, 56% dos pilares e 40% da travessa. Já do lado brasileiro 92% das estacas já foram colocadas, 39% dos blocos e 6% dos pilares.
A Rota Bioceânica é um corredor terrestre que vai ligar, por meio do estado do Mato Grosso do Sul, o Brasil aos portos chilenos do oceano Pacífico, passando pelo Paraguai e Argentina.
Essa rota poderá reduzir o tempo de viagem das exportações e importações de parte do Brasil e Paraguai principalmente para os mercados da Ásia, Oceania e costa oeste dos Estados Unidos.
“A obra está avançando com maior percentual do lado paraguaio que começou antes, e também em Porto Murtinho. Com isso a nossa meta é inaugurar a ponte no primeiro semestre de 2025”, destacou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
A nova ponte, que tem financiamento da Itaipu Binacional, Margem Direita, com valor estimado de US$ 85 milhões terá uma extensão de 1.294 metros, dividida em três pontos: dois constituirão os viadutos de acesso de ambos os lados, e um corresponderá à parte estaiada, com 632 metros de comprimento, com vão central de 350 m.
As obras estão a cargo do Consórcio PYBRA (Tecnoedil SA, Paulitec e Construtora Cidade), sendo o Consórcio PROINTEC o fiscalizador. A gestão da obra está a cargo da UEP-DCyP do Ministério das Obras Públicas e Comunicações (MOPC).
A ponte é fundamental para a Rota Bioceânica, corredor rodoviário que vai promover a integração geopolítica do Brasil, reduzir custos logísticos, tempo de viagem, além de promover novos investimentos em infraestrutura para o Estado, gerar novos empregos, oportunidades no setor de turismo, aumentar a importação e exportação, entre outros pontos.
O secretário Jaime Verruck lembrou que o governador Eduardo Riedel tem mantido um diálogo permanente com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) e o Ministério de Infraestrutura pela necessidade que o Estado tem de lançamento imediato da obra de acesso a ponte.
“Como o cronograma da ponte está avançando, o governo brasileiro tem que acelerar o processo de licitação do acesso, de forma que isso culmine, e possamos em 2025 acionar a Rota Bioceância tanto com a estrutura alfandegária como o acesso a ponte”, concluiu o titular da Semadesc.
Fonte SEMADESC MS