Fundador da extinta International Surfing Federation (ISF) e uma das maiores lendas do esporte peruano, Eduardo Arena faleceu no último domingo (1), aos 92 anos, após uma parada cardiorrespiratória em Lima, Peru.
“O Monstro”, como Arena era conhecido, foi um dos maiores incentivadores do surfe em seu país, utilizando a influência e os próprios recursos para organizar as primeiras competições mundiais do esporte dos reis.
Em 1964, durante um evento em Manly Beach, Sydney, Austrália, Arena ficou próximo de surfistas que marcariam época como Nat Young, Fred Hemmings e Greg Noll.
Naquela época ainda não havia um órgão global para regulamentar as competições ou os critérios de julgamento. Os únicos estrangeiros a competir neste tipo de evento eram aqueles que podiam pagar pelas próprias despesas.
Com o apoio de Young, Hemmings, Noll e outros nomes, ele foi um dos fundadores da notória ISF, a primeira entidade mundial do esporte e que teve o próprio Arena como primeiro mandatário.
Um ano depois, em 1965, O Monstro prometeu fazer um campeonato mundial em território peruano, marcando um “antes e depois” na rica história deste esporte no país andino.
Ao lado de outros peruanos como Héctor Velarde, Pancho Wiese e Pocho Caballero, Eduardo também foi responsável por estabelecer várias regras de competição que são utilizadas até hoje.
E foi assim que, em 18 de fevereiro de 1965, na praia de Punta Rocas, aconteceu o notório campeonato mundial de surfe vencido pelo atleta e ídolo local Felipe Pomar.
A ISF também tratou de impulsionar e profissionalizar o esporte em todo o planeta, organizando campeonatos mundiais anuais até 1976, quando passou a ser chamada de International Surfing Association (ISA).
A última aparição oficial de Eduardo Arena havia sido em julho deste ano em Punta Rocas, durante a estreia do surfe nos Jogos Pan-Americanos, coincidentemente realizada em território peruano.