Se alguém tinha alguma dúvida sobre o protagonismo do surfe brasileiro ao redor do mundo, os Jogos Olímpicos de Tóquio gravaram em ouro o nome do País na história da modalidade com o ouro conquistado pelo surfista Ítalo Ferreira.
Em Santos, há 30 anos, a Prefeitura oferece a todos os munícipes, a partir de 8 anos de idade, aulas gratuitas de surfe. São quatro equipamentos que atendem juntos mais de 500 alunos por mês: A Escola Radical de Surfe de Santos nos Postos 3 e 4, a Escola de Surfe Picuruta Salazar e o Centro de Treinamento Municipal Santos de Surf, os dois últimos que funcionam nas imediações do Quebra Mar, no Emissário Submarino.
O secretário de Esportes, Gelásio Ayres Fernandes Júnior, ressalta o destaque que o surfe tem tido na Cidade. “Hoje temos mais de 500 alunos se contarmos os frequentadores de todas as escolas e só não temos mais em virtude das medidas de segurança e capacidade máxima reduzida em 60% por conta da pandemia de Covid-19. Na maioria das turmas há fila de espera. O surfe é uma das modalidades mais procurados da Semes e, sem dúvida alguma, uma das que tem maior sucesso”, comemora.
Primeira Escola Pública de Surfe do Brasil, a escola radical atende jovens a partir de 8 anos, sem limite máximo de idade para surfar. Atualmente não tem vagas disponíveis e conta com lista de espera devido à grande procura. O projeto também recebe crianças, jovens e adultos com necessidades especiais e é conhecido internacionalmente por ser a primeira escola de surfe adaptado do mundo.
Surfista veterano, o coordenador da escola, Cisco Araña, destaca a importância da conquista do atleta Ítalo Ferreira para o esporte.
“Essa medalha representa todo aquele sonho das gerações passadas, a nossa resistência e resiliência. Significa a luta do surfe para obter o respeito da sociedade e um novo caminho para o surfe de alto rendimento. Nós estamos vivendo um sonho. Hoje todos nós estamos ainda mais orgulhosos em sermos surfistas”, destaca.
Para o coordenador do CT, Pedro Souza, o ouro olímpico no surfe foi construído a muitas mãos e reflete todo o investimento e o esforço dedicado à modalidade no país nos últimos anos.
“A estrutura competitiva das categorias de base que nós temos são referência no mundo inteiro. Hoje, sem dúvida alguma, as escolas de surfe tem um papel mais importante do que nunca, porque da quantidade a gente extrai a qualidade. Quanto mais gente tiver acesso ao esporte, mais atletas serão descobertos”, ressalta o coordenador.
O CT tem como objetivo absorver atletas que já fizeram a iniciação em uma das escolinhas da cidade e recebem todo o apoio técnico e estrutura para disputarem competições e se especializarem no esporte de alto rendimento. Devido à pandemia, o equipamento está trabalhando com apenas 60% da sua capacidade e, por isso, ainda não tem novas seletivas previstas.
Na escola de Surfe Picuruta Salazar, que completou 24 anos, no último mês de junho, as aulas ficam por conta de um dos maiores ídolos do surfe brasileiro. A lenda que dá nome à escola: Picuruta Salazar.
Ele ressalta o papel de destaque que a cidade de Santos tem na história do surfe nacional.
“O start do surfe no Brasil aconteceu aqui em Santos na década de 30 com o Thomas Rittscher, a sua irmã, Margot Rittscher e o Osmar Gonçalves, e esse pioneirismo continua. Se todas as prefeituras tivessem um trabalho de ponta no Esporte como tem a prefeitura de Santos, pode ter certeza que o país seria um celeiro de campeões olímpicos”.
Ele conta que o protagonismo que o surfe tem conquistado no cenário do esporte mundial tem refletido na procura dos alunos.
“A demanda está cada vez maior. Hoje estamos com capacidade total em praticamente todos os horários e, por isso, estamos abrindo novas turmas para atender os munícipes que nos procuram. São poucas vagas e, diferentemente dos outros anos no período do inverno, mesmo com a água gelada, o pessoal está vindo e quer surfar”, conta.
As vagas são limitadas e para se matricular os interessados devem acessar o instagram oficial da escola @escoladesurfpicurutasalazar , entrar em contato através de mensagem “direct” e indicar o horário que desejam fazer as aulas.
O aluno será contatado pela escola e, havendo disponibilidade, deverá apresentar cópia de comprovante de residência, atestado médico emitido há pelo menos três meses e duas fotos 3×4 diretamente na escola de surfe.
Fonte Prefeitura de Santos