Em mais um capítulo do imbróglio envolvendo a CBSurf e representantes do surfe brasileiro, a FGS (Federação Gaúcha de Surf) anunciou que pretende barrar a realização da etapa de abertura do CBSurf Pro Tour no Rio Grande do Sul.
O evento está marcado para os dias 24 a 26 de abril, em Torres, litoral norte do estado, e daria o pontapé inicial no circuito profissional organizado pela entidade, que tem quatro etapas programadas para 2020.
De acordo com a FGS, uma reunião foi realizada com atletas na última quinta-feira (6), em Torres, e ficou decidido que se a CBSurf não alterar ou pelo menos discutir o novo formato com outras entidades, a etapa não será realizada em águas gaúchas.
As novas insatisfações sobre o comando da CBSurf surgiram quando a entidade divulgou que o circuito brasileiro seria fechado a um número específico de surfistas, tanto no masculino quanto no feminino.
Depois dos questionamentos dos surfistas que ficaram fora, alegando que a decisão deveria ter sido tomada com no mínimo um ano de antecedência, a CBSurf chegou a modificar o formato, criando triagens para incluir mais 12 atletas no masculino e 6 no feminino, mas as reclamações não pararam.
Em nome do presidente Fernando Figueiredo da Cunha, a FGS sugere que seja convocada uma assembleia geral extraordinária da CBSurf com todas as federações, “incluindo na pauta, como primeiro item, a anistia completa de todas as entidades filiadas, permitindo que todas tenham direito a voto”.
Confira abaixo as principais reivindicações enviadas em nota pela FGS:
1 – A FGS, suas filiadas e os atletas gaúchos concordariam em recepcionar a abertura do circuito da CBSurf caso o formato do campeonato fosse aberto, sem pré-classificados, alterando por completo o formato divulgado pela CBSurf. Ainda, necessitaríamos de pelo menos 90 (noventa) dias de antecedência para viabilizar o evento junto com patrocinadores e apoiadores. Vale ressaltar que não recebemos o caderno de encargos da referida etapa, não sendo possível estimar os custos para a realização do campeonato;
2 – A FGS aceitaria a alteração do formato do circuito e/ou estabelecimento de pré-classificados apenas após o amplo debate com todas as filiadas e, principalmente, atletas. Tais regras deverão ser divulgadas com no mínimo um ano de antecedência à abertura do respectivo circuito nacional;
3 – De forma unânime, face os apontamentos anteriores, a FGS, através de seus dirigentes e atletas, comunica que o Rio Grande do Sul não realizará a abertura do Circuito Brasileiro Profissional de Surf 2020 da CBSurf enquanto todas estas pendências não forem sanadas, em especial sobre o comando da entidade nacional.
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