O surfe carioca está de luto. Faleceu na última terça-feira (1º) José Alla, 59 anos, um dos locais mais atuantes da Prainha, o santuário do surfe no Rio de Janeiro.
“Zé” era um dos três irmãos da família Alla, e era muito surfe. Era normal pra ele dar duas, três caídas por dia. Entra uma queda e outra, administrava o quiosque Soul Prainha, um dos dois localizados na praia pequena em extensão, mas gigantesca de beleza.
Zé era envolvido com Deus, com a família, e mostrava o imenso afeto que tinha com os irmãos e filhos. Com os amigos era rigoroso algumas vezes, mas todos conheciam aquele ponto forte dele, suave, humano, carinhoso.
Zé Alla foi o presidente da Associação de Surfistas e Amigos da Prainha (ASAP), e era muito envolvido com o local, sempre na busca pela preservação. Ajudou na coordenação de vários eventos no pico e venceu muitas etapas.
Zé era forte, cuidava do corpo, da saúde, e era muito ativo. Há dois anos passou mal durante uma etapa da ASAP. Foi um infarto, um susto gigantesco. Se recuperou e voltou pra água com um garoto, com seu imenso amor pelo esporte.
Na segunda-feira (30), como sempre fazia na praia do seu coração, correu pela areia. Sentiu-se mal, tonto, e foi dar um mergulho. Caiu. Os guarda-vidas o ajudaram, o reanimaram, levaram de ambulância para o hospital, mas ele não resistiu. A imensa e forte comunidade da Prainha, e de todo o Rio de Janeiro ficou em choque, entrou em luto.
A cremação acontece nesta quarta-feira (2), às 15 horas no Rio de Janeiro, mas, por conta dos cuidados com a Covid-19, só os familiares participarão. Porém centenas de amigos, juntos da galera do “Surfistas de Cristo”, estão se mobilizando para uma grande homenagem na Prainha, a casa do Zé Alla. A data ainda não está definida, mas provavelmente será no próximo sábado (5).
A Prainha nunca mais será a mesma. Descanse em paz, Zé Alla.