Acabou o amor entre Julian Wilson e a Hurley. E o fim do casamento foi parar na justiça. A marca dispensou o atleta alegando quebra de contrato, e o australiano da elite mundial, que fazia parte da equipe da marca desde 2014, entrou na luta por US$ 1,5 milhão.
De acordo com o site Sportico – The Business of Sports, Julian entrou com uma ação contra a Hurley no estado norte-americano da Califórnia, alegando que a empresa se recusa a pagá-lo a quantia de US$ 1,5 milhão, firmada em contrato, e que isso é uma tentativa de “lucrar com a pandemia mundial de saúde”.
A Hurley afirma que Julian quebrou o contrato por não ter participado de um número específico de competições em 2020. Segundo a matéria da Sportico, número de participações em eventos e cotas são comuns em contratos como o do australiano. A questão levantada pela equipe jurídica do aussie, é que isso tornou-se impossível com a pandemia do novo coronavírus.
Ainda segundo a matéria, o contrato de sete anos estipulava que Julian usaria as roupas da Hurley durante as competições, e participaria de no mínimo cinco eventos do circuito mundial todos os anos. O atleta de 31 anos também divulgava a marca nas redes sociais, participava de eventos promocionais e de sessões de fotos, e, em troca, recebia US$ 1,5 milhão. Esse montante poderia ser reduzido, caso ele participasse de menos eventos, ou ampliado, com alguns bônus baseados em desempenho e royalties de produtos. O atleta diz que cumpriu sua parte no contrato, e que em 2020 participou de competições na pré-temporada até que a pandemia paralisou grande parte do mundo.
A Hurley já vinha se reestruturando antes mesmo do novo coronavírus chegar, após ser comprada pela Bluestar Alliance, e, de acordo com a matéria, a empresa queria fazer mudanças no contrato, porém Julian não aceitou. Entretanto, o aussie entendeu e aceitou alguns atrasos nos pagamentos, devido à crise econômica causada pela pandemia, mas não quis alterar o contrato, então a marca encerrou a parceria.
A Hurley alega que o atleta falhou em participar do número mínimo de competições, e que no contrato existe uma cláusula dizendo que ele poderia ser rescindido “se ele deixar de competir, por qualquer motivo”. Agora o tribunal vai decidir entre a leitura literal do contrato, ou vai entender que este caso, ocorrido num momento extraordinário, é diferente.
Fonte Sportico – The Business of Sports