De uns tempos para cá, o número de pessoas curiosas para conhecer o hidrofoil vem aumentando. A modalidade que foi apresentada ao surfe nas ultimas décadas principalmente por Laird Hamilton, hoje atrai grandes nomes como Kai Lenny, John John Florence e Everaldo Pato Teixeira.
O conceito do Hidrofoil é simples: uma asa fixada a uma haste permite que a prancha decole da água, reduzindo o arrasto do equipamento com a superfície do mar. Entretanto, existe muita tecnologia e estudo por trás de um foil: uma asa mal projetada, não decola!
Assistir aos grandes surfistas praticando o surf foil pode parecer fácil, mas não se iluda, existe um grande período de aprendizado até chegar à diversão plena com o equipamento.
Abaixo, siga algumas dicas para que o período de aprendizagem seja o mais fácil e seguro possível:
Seja cauteloso
A prática do surfe com pranchas de foil está longe de ser o esporte mais fácil do mundo para se aprender. Não se engane ao achar que irá surfar logo na primeira tentativa, independente do seu nível de surfe. O surf foil é um esporte completamente diferente de tudo e, com certeza, um dos mais difíceis esportes com pranchas que já foi inventado.
Enquanto a prancha se mantém na água, a sensação é muito parecida ao surfe convencional, mas, uma vez que o equipamento decola, tudo muda, seu centro de gravidade se eleva e o equilíbrio torna-se completamente diferente.
Além de ser um esporte extremamente difícil, o surf foil pode ser também bastante perigoso. O mastro e as asas são componentes afiados e, dependendo de como você cair, podem machucar. Muitos Hidrofoils do mercado, inclusive, vem com um manual de instrução e com um termo de responsabilidade pelos seus atos com a prancha. Não tenha vergonha de usar capacete e até um colete salva-vidas nas primeiras vezes.
A maneira mais fácil e segura que existe para sentir a prancha e entender a dinâmica do equipamento é sendo puxado por alguma embarcação. Comece aos poucos e não acelere muito para ir decolando de maneira controlável. Quando se sentir confortável na prancha, siga para as ondas, mas saiba que será um novo desafio. Se você não tem um barco ou jet-ski para praticar, vá direto para o mar, mas comece em um dia de ondas pequenas e mantenha-se afastado do crowd.
Prepare-se para ter uma sensação totalmente diferente de tudo
Remar com uma prancha de foil é muito parecido com a sensação de usar uma prancha comum, o que significa que, se você já é surfista, não terá problemas em entrar nas ondas. O momento mais crítico e importante do Surf Foil é o drop. Não se engane, o foil vai decolar a qualquer momento, e não há nada que você possa fazer para evitar isso. A força que a asa exerce para cima é proporcional à velocidade da prancha, isso é, quando você começa a acelerar, o foil tende a decolar.
O segredo para não cair no drop é entender o tempo para ficar de pé e manter o peso mais para frente da prancha, forçando o equipamento para baixo segurando a decolagem. Uma vez de pé, regule o equilíbrio do seu corpo para manter a altura ideal do foil.
Na onda a sensação é de que você está em um touro mecânico, recebendo estímulos e forças de todos os lados. Mantenha seus joelhos dobrados, e se equilibre mais na perna da frente para evitar que o foil seja ejetado.
Por mais que o início no surf foil pareça amedrontador, assim que você entende como a prancha flui na água, os riscos diminuem e você começa a curtir o momento. O desafio é grande, mas a curtição é incomparável!
Pratique com segurança
A grande vantagem para praticar surf foil é que você não precisa de uma onda perfeita para se divertir. Isso significa que você pode surfar naquele canto de praia com ondas pequenas e mexidas e fazer a cabeça como se estivesse surfando em um pico perfeito. Aproveite essa vantagem para manter a distância de outros surfistas. Saiba que você está carregando um equipamento bastante perigoso para você e para os outros. Basta um vacilo e você pode colocar outras pessoas em risco.
Arrisque outras modalidades
A grande vantagem do hidrofoil em ralação às pranchas convencionais está na redução do atrito da prancha com a água, o que significa que o praticante pode surfar em quase qualquer condição do mar (tem gente surfando até em marolas de navios). O mesmo vale para outras modalidades.
No kitesurf, por exemplo, o foil está sendo muito usado em dias de ventos fracos, ou em longos downwinds. No SUP, o foil também trás inúmeras vantagens, tanto para pegar onda, quanto para realizar grandes travessias em mar aberto. O wake foil também vem crescendo, aproveitando as marolas de lanchas para ter uma onda “infinita”.
Independente de qual modalidade for seguir, o foil é um equipamento que exige dedicação. Busque praticá-lo com segurança, e não desanime. A recompensa vale a pena!
Saiba mais sobre o surf foil no site da Flap.