
Em Malibu, Califórnia, a Galeria Dirk Braun celebra meio século de um dos filmes mais emblemáticos da história do surfe, Morning of the Earth.
Lançado em 1972, o clássico de Alby Falzon e David Elfick foi mais do que um simples retrato das ondas de Bali, Havai e Austrália. Foi um manifesto de uma geração, que buscava se conectar com a natureza de maneira genuína e, ao mesmo tempo, promover a contracultura do surfe.
Agora, 50 anos depois, a galeria oferece aos visitantes uma oportunidade única de reviver essa experiência, com uma coleção especial de impressões artísticas feitas a partir da versão remasterizada em 4K.
As obras, cuidadosa e artisticamente criadas a partir de fotogramas do filme original, capturam a essência vibrante de uma época em que o surfe era mais do que um esporte; era uma forma de vida, uma verdadeira filosofia de conexão com o mar.

Mas a celebração não se limita à arte. A galeria, que escapou ilesa ao devastador incêndio nas Palisades, demonstra que o espírito solidário pode se unir ao surfe de uma maneira profundamente humana.
Parte das vendas das obras será destinada a apoiar as vítimas do incêndio que devastou partes de Los Angeles. Uma iniciativa que simboliza não apenas a força da cultura do surfe, mas também a capacidade da comunidade de se apoiar em momentos de adversidade.
As edições limitadas, com a possibilidade de adquirir vinis da icônica banda sonora de G. Wayne Thomas e livros autografados por Falzon, ampliam o alcance da celebração, atraindo colecionadores e apaixonados pela arte do surfe.
Mas o que realmente marca essa comemoração é o gesto de solidariedade, que vai além da exibição de arte; é um convite para todos que apreciam o surfe e a natureza se unirem, não apenas para recordar, mas também para ajudar.
Em tempos de crises e incêndios, Morning of the Earth se torna uma lembrança do quanto a união da comunidade do surfe pode se estender para além das ondas, fazendo com que o espírito da cultura do surfe não seja apenas lembrado, mas vivido em ações concretas.
O clássico de 1972, restaurado e agora mais acessível do que nunca, nos convida a refletir sobre nossas próprias relações com o meio ambiente, a cultura e a solidariedade. Um filme, uma galeria e um gesto de amor pela terra e pelas pessoas.
Fonte Surf Total