Caixas de material emborrachado apareceram em praias de ao menos nove cidades do litoral pernambucano, desde o início de novembro. Na última segunda (21), três delas foram encontradas em trechos de Boa Viagem, no Recife. Objetos também chegaram à orla do Cabo de Santo Agostinho.
Um levantamento feito pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), que coordena o trabalho de coleta do material, aponta que as caixas já surgiram nas seguintes cidades: Recife, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Olinda, Paulista, Goiana, Jaboatão dos Guararapes e São José da Coroa Grande.
Mesmo sem notificação da CPRH, uma caixa emborrachada foi encontrada, no sábado (19), na Ilha de Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife.
Segundo Silvana Valdevino, diretora de fiscalização da CPRH, é provável que as caixas sejam iguais às que apareceram na orla pernambucana em 2018 e 2020, com origem em navios naufragados durante a 2ª Guerra.
Como os objetos vêm do mar, porém, uma investigação das causas dos aparecimentos só pode ser feita pela Capitania dos Portos, afirmou a agência estadual. Procurada pelo G1, a Capitania dos Portos não respondeu até o momento.
“O material é uma borracha de látex. Então, algumas empresas licenciadas recolhem esse material, monitorado pela CPRH e pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e dão a devida destinação”, explicou Silvana.
De acordo com a diretora de fiscalização da CPRH, a princípio, os objetos não causam nenhum prejuízo ao ecossistema ou aos banhistas.
“A gente não observou nenhum tipo de toxicidade, alguma coisa que pudesse causar algum dano à saúde humana ou ao meio ambiente. Mas, de qualquer forma, a gente pede que, se for identificado, seja notificado à limpeza urbana do município, para ser recolhido”, afirma Silvana.
Fonte G1
