Os vencedores da Olimpíada do Oceano (O2) participaram da cerimônia de premiação nesta quinta-feira (13), em Santos (SP). O auditório da associação comercial da cidade ficou lotado com alunos e professores. O evento integrou a programação do Diálogos da Cultura Oceânica.
De acordo com o diretor do Departamento de Promoção e Difusão da Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, a ideia é que os premiados sejam multiplicadores e difusores da cultura oceânica nos seus espaços de convivência e atuação. Segundo o diretor, a competição tem poder de transformação por meio da educação e de fomentar a discussão sobre um tema relevante que é o oceano. Além disso, a olimpíada envolve projetos e ações com impacto nas comunidades. Atualmente, são realizadas no Brasil cerca de 80 olimpíadas em diferentes áreas do conhecimento. Estima-se que as competições científicas atinjam mais de 22 milhões de estudantes.
A professora da Unifesp e uma das organizadoras da Olimpíada, destacou que nesta edição houve inscritos de todas as unidades da federação. Segundo ela, o oceano ainda é desconhecido, mesmo o país tendo mais de 8mil km de costa. Por isso, a proposta da competição permite que educadores, estudantes e cidadãos conheçam melhor o ecossistema marinho. A organização expressou satisfação com os números alcançados nesta segunda edição.
Números – A Olimpíada recebeu mais de 10 mil inscrições para as três modalidades: projetos socioambientais; produções artísticas, culturais e/ou tecnológicas; e prova de conhecimentos. O número representa aumento de 300% em relação à primeira edição, realizada no ano passado.
Foram estabelecidos quatro temas transversais ‘Pesca e Aquicultura Artesanal, Mudança Climática, ‘Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil’ e ‘Mulheres na Ciência’, que busca incentivar meninas e jovens para as carreiras de ciência, tecnologia e inovação. Participaram crianças, jovens, adultos e idosos de todo o Brasil, organizados em grupos ou individualmente, de escolas públicas e privadas. Eles foram premiados com menção honrosa, bronze, prata e ouro.
Para os projetos houve duas etapas de seleção: regional e nacional. Na primeira etapa, foram selecionados projetos considerando os contextos regionais e 190 propostas premiadas passaram para a fase, nacional. Nessa etapa, 71 projetos foram contemplados com a premiação máxima. A Prova de Conhecimento, na categoria Ensino Fundamental II, recebeu a maior parte das inscrições. Foram 875 participantes que receberam a distinção ouro, sendo 469 mulheres.
Conforme o edital, nesta edição, 45 estudantes de ensino fundamental II de escolas públicas que participaram da prova de conhecimentos e o obtiveram as maiores pontuações serão premiados com bolsa de Iniciação Científica Júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A competição é organizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por meio do programa Maré de Ciência e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), integra o rol de ações do programa Ciência no Mar MCTI e contribui com o esforço brasileiro para a Década Ciência Oceânica. A ação também conta com apoio do CNPq/MCTI, Unesco, Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM) e Britsh Council.
Fonte Gov.br