Portugal

Pássaro estreia em Nazaré

André Pássaro passa um mês em Portugal, no “Coliseu” do surfe, em contato com campeões mundiais e em busca de superação.

Depois de pegar experiência no Havaí, André Pássaro parte para ondas gigantes de Nazaré, Portugal.

A cada temporada, um novo desafio. É isso que move André Pássaro, o surfista de 35 anos que tem se destacado em ondas gigantes depois de fazer história se aventurando no mar do Havaí. Morador de Rio das Ostras (RJ) desde os 5 anos de idade, ele será o primeiro surfista da baixada litorânea e do Norte Fluminense a encarar as ondas de mais de 20 metros de altura de Nazaré, Portugal, considerada a meca ou o “Coliseu do Surfe”.

Sua relação com as ondas grandes é recente – ele surfa desde criança, com 8 anos, quando ganhou sua prancha velha, doada na cidade -, e começou a buscar maiores alturas nos anos 2000, em Saquarema (RJ), o que o encorajou a embarcar para o famoso arquipélago do Oceano do Pacífico, quando foi pela primeira vez em 2016. “Comecei a viajar em busca das ondas grandes e, depois de algumas idas ao Havaí, comecei a ganhar certa notoriedade pelo meu desenvolvimento”, conta ele.

Pássaro não deve competir profissionalmente em Nazaré, lugar considerado a meca da categoria, local onde os surfistas entram em ondas gigantes e a partir dali já estão sendo observados e avaliados. Dessa forma ele pretende conquistar mais uma etapa de sua trajetória no esporte, com prêmio ou apenas experiência. Seus objetivos são aperfeiçoamento, superação e, por que não, diversão.

Ele se denomina como um freesurfer, que é o atleta que surfa única e exclusivamente por hobby e, obviamente, ele aproveita a oportunidade para gerar conteúdos de mídia. Mas foi em outubro de 2021 que Pássaro ficou conhecido: ele foi considerado um sortudo (ou azarão?) pelo grupo Gigantes de Nazaré, após viver um acontecimento perigoso, em Itacoatiara, Niterói (RJ), e que lhe rendeu o Prêmio Gigantes do Brasil de pior “vaca” (queda da prancha) da temporada.

“Meu maior desafio é comigo mesmo, com o meu psicológico. Eu tento estender os meus próprios limites. O que me alimenta é essa adrenalina do esporte e, quanto maior estiver o mar, maior é o desafio de superar medos e fazer um bom trabalho”, costuma dizer Pássaro.

A experiência vai muito além do esporte, atingindo também um nível psicológico para Pássaro, que já surfou em Pipeline, Waimea, Sunset e Jaws nas ilhas havaianas. “Quando você chega e vê as ondas, é assustador. Fui e enfrentei. Vivenciar tudo aquilo, saber como funciona… Também faz parte de uma evolução como ser humano”, analisa o surfista.

Ir para Nazaré é a realização de um sonho: “Estou buscando pegar grandes ondas lá, ser mais um brasileiro com o nome registrado no mar de Portugal e fazer isso virar realidade. Ano passado, a pandemia mudou os planos. Quero sentir aquela energia, conhecer um pouco da cultura dali. Tem que estar no currículo de um surfista de ondas grandes ter passado por lá”.

Siga o Pássaro no Istagram: @andrepassaroo

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