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O free surfer norte-americano Leif Engstrom, 31 anos, foi preso na última segunda-feira (4) ao ser pego com a prancha a caminho de Sandy Beach, Rincon, Porto Rico. A ilha, que pertence aos EUA, fechou suas praias desde o último mês de março na tentativa de conter a propagação do novo coronavírus.
Até o momento, pelo menos 1.900 casos e 99 óbitos causados pela Covid-19 foram relatados em Porto Rico. A quarentena em toda a ilha foi prorrogada até 25 de maio e, durante um horário limitado, as pessoas até podem sair para se exercitar. Mas as ondas permanecem proibidas.
“Obedeci a lei por duas semanas. Não estava surfando e estava ‘ok’ com isso. Mas finalmente comecei a me estressar um pouco e precisava entrar na água”, desabafa Engstrom em depoimento ao site Surfline.
“Comecei a ir sozinho, e toda vez era expulso da água. Mas conseguia fugir facilmente dos policiais. Depois ouvi dizer que eles estavam ficando um pouco mais rigorosos, então comecei a surfar em segurança em um pico em frente à casa de meu amigo”, relata o surfista, que divide seu tempo entre Porto Rico, onde tem residência, e Montauk, Nova York, onde nasceu.
Na última segunda-feira, Engstrom caminhava pela manhã em direção ao mar em Sandy Beach, com prancha e cabelo ainda secos, quando foi surpreendido pelas autoridades de motocicleta e levado à delegacia.
“Eles me jogaram na parte de trás do carro, fui algemado e colocaram uma máscara em mim. Tudo tornou-se uma longa provação. Três horas de calção de banho e uma máscara, congelando no ar-condicionado da delegacia”, diz o free surfer.
“Três horas depois, eles me deixaram sair, me deram uma convocação para ir ao tribunal e outros enfeites. Meia hora depois que saí, já havia um artigo no jornal sobre isso”, completa Engstrom, que já voltou para a sua residência em Nova Iorque depois de sua primeira detenção.