O mês de abril chegou marcado pelo retorno das esperadas etapas do Championship Tour. Algumas regras diferentes, algumas surpresas e os brasileiros continuam brilhando no topo do pódio.
Na elite feminina não pudemos contar com a presença da bicampeã mundial Tyler Wright, que ainda se recupera de uma gripe causada pelo o vírus Influenza A (H3N2) contraído durante os treinos da etapa de J-Bay em julho de 2018.
A surfista sofre de uma síndrome pós-viral, caracterizada por uma grande debilidade física, que não permite que a atleta volte à rotina de treinos. A australiana anunciou que ficará fora da primeira metade do Tour para recuperação. Força Tyler!
No esporte, estamos mais habituados com os afastamentos causados por lesões ligamentares, fraturas ou graves contusões, mas esse caso envolvendo a atleta nos alerta a outras causas, bem menos “prováveis”, que podem tirar o competidor da água.
Para todo surfista e principalmente aqueles que estão planejando a próxima surf trip, vale a pena checar se a vacinação anda em dia. De acordo com o Ministério da Saúde, o adulto de 20 a 59 anos deve manter atualizado com as seguintes:
– Hepatite B – 3 doses, de acordo com a situação sorológica
– Hepatite A – 1 dose, de acordo com a situação sorológica
– Febre Amarela – dose única, verificar situação vacinal
– Tríplice viral (previne sarampo, caxumba e rubéola) – se nunca vacinado: 2 doses (20 a 29 anos) e 1 dose (30 a 49 anos);
– Dupla adulto (DT) (previne difteria e tétano) – Reforço a cada 10 anos
– Pneumocócica 23 Valente (previne contra casos graves de infecção por Pneumococo como pneumonia, otite, meningite e outras) – 1 dose é indicada para grupos-alvo específicos a depender da situação vacinal.
Apesar de não estar no calendário do Ministério, aconselhamos os surfistas e viajantes de áreas remotas, a dose trivalente ou quadrivalente da Gripe, que incluem a imunidade aos dois sorotipos do vírus Influenza A (H1N1 e H3N20) e da Influenza B.
Pessoas com risco de exposição ocasional ao vírus da doença da raiva transmitida por mordedura de cachorro, ratos e morcegos, devem ser avaliados individualmente, podendo receber a profilaxia pré exposição dependendo do risco da viagem.
Lembre-se que para muitos destinos de surfe, a vacinação contra a Febre Amarela comprovada com o certificado internacional é obrigatória e necessita de um período de antecedência de janela imunológica, para mais informações cheque o site da ANVISA.
Não são raros os casos de surfistas barrados no aeroporto por falta da vacinação e/ou comprovante, evite esse transtorno e programe-se!
Hoje já é possível consultar-se com uma equipe médica especializada em medicina de viagem, que informa e orienta todo viajante em relação aos riscos e prevenção as doenças de uma local. Para você, surfista explorador, em busca do paraíso com ondas perfeitas e sem crowd, vale a pena conferir.
As constantes viagens, mudanças climáticas repentinas, treinos intensos, alteração do hábito alimentar, fuso horário, rotina do sono, estresse da competição, entre muitos outros fatores, também colaboram para uma maior suscetibilidade imunológica do surfista, principalmente do competidor.
Dessa forma, além da vacinação, o aporte nutricional e um repouso adequados são essenciais na prevenção da maioria das doenças infecto contagiosas.
Então, procure a sua carteira de vacinação que anda perdida, visite o médico para checar a atualização imunológica, se alimente bem e aproveite ao máximo esse remédio milagroso chamado surfe.
Surfe é saúde! Aproveite!