Depois de desencorajar o turismo em meio à pandemia de Covid-19, a Associação de Surf e Tow-In do Farol de Santa Marta (ASTFSM) veio a público esclarecer que o pico de Laguna, no litoral sul catarinense, está novamente de braços abertos aos surfistas de outras localidades.
“Após a parte inicial da quarentena, onde todos foram pegos de surpresa e a região do Farol de Santa Marta estava desorganizada, com pouca estrutura de saúde e de segurança, foi necessário desestimular o turismo naquele momento”, diz a nota oficial assinada pelos gestores Reinaldo Langer Jaeger e Helton Albino.
“Agora, após a conscientização da população sobre os cuidados com o coronavírus, a organização e a união de força do terceiro setor (associações locais) com os gestores públicos, aliado às melhorias estruturais na saúde e na segurança, grande parte dos proprietários de casas de aluguel voltará a locar as suas casas, assim como as pousadas a receberem hóspedes”, afirma o texto.
“A praia também está reaberta para esportes individuais, com algumas restrições para garantir uma pesca da tainha segura e dentro do que os órgãos reguladores da pesca condicionaram nesse período de pandemia”, completa.
Principal pico do Farol de Santa Marta, a praia do Cardoso será liberada para o surfe apenas em grandes ondulações durante a temporada de pesca da tainha no local, que vai até o fim de junho. A ASTFSM solicita ainda que os surfistas não entrem na água caso os pescadores estejam trabalhando nas praias da Cigana e Praia Grande. Mas outras praias do entorno seguem liberadas para a prática do esporte.
“Na última nota pública enviada pela ASTFSM, boa parte das pessoas interpretou que as restrições foram expostas pelo possível afugentamento dos peixes pela prática do surfe. Diante desta falha de interpretação, reforçamos que o pequeno aumento das restrições neste ano tem o objetivo de evitar aglomerações na praia durante a ação da pesca, já que a atividade é um atrativo turístico e os órgãos reguladores da atividade condicionaram a licença da pesca ao máximo de 20 pessoas trabalhando no local, devido à Covid19. Com isso, diversas famílias de pescadores já ficaram sem o seu sustento”, declara a ASTFSM.
“Se a licença da pesca for perdida por excesso de pessoas no local, diversas outras famílias pesqueiras também passarão por dificuldades, por isso esta preocupação e estas pequenas restrições. Em nenhum momento a pauta do possível afugentamento dos peixes pela prática do surfe foi abordada pela ASTFSM”, finaliza a entidade.