O Webby Awards, prêmio internacional que homenageia a excelência na internet e concedido pela Academia Internacional de Artes e Ciências Digitais, anunciou nesta semana os vencedores de sua 25ª edição. O documentário Émerger, da WSL Studios, venceu na categoria Vídeo: Diversidade e Inclusão.
Émerger conta a história de Khadjou Sambe, a primeira mulher a surfar em sua cidade natal, Dakar, no Senegal, e como ela emergiu de um sistema patriarcal para se tornar um ícone para surfistas negras de todo o mundo e abrir caminho para a próxima geração.
“Tradicionalmente as garotas aqui têm que ficar em casa. Nós cumprimos o que é dito pela nossa religião. Nós respeitamos as regras. Mas agora as coisas estão mudando. Garotas podem lutar e fazer o que elas quiserem na vida, especialmente nos esportes”, conta Sambe, em um trecho do filme.
“Eu explico para os meus estudantes que você tem que confiar em si mesmo. Não ter medo, apenas surfar. Eles serão os futuros campeões do Senegal”, completa a surfista, que tinha que fugir de casa e se esconder da família para surfar, já que os seus pais proibiam o esporte.
Surfe e ativismo
Émerger faz parte da série Transformed, produzida pela WSL Studios, documentários que mostram como o surfe pode mudar vidas e culturas em todo o mundo.
O documentário também mostra a história de Khadjou com Rhoda Harper, uma ativista baseada na Califórnia (EUA), fundadora da Black Girls Surf (BGS) – uma organização sem fins lucrativos com acampamentos em todo o mundo.
O projeto auxilia jovens surfistas negras e as treina para se tornarem atletas profissionais, desenvolvendo ainda mais a inclusão e representação em o esporte. Rhonda e Khadjou agora são parceiras nos acampamentos BGS na África.
Depois de receber o prêmio, Khadjou e Rhonda compartilharam uma mensagem positiva em seu discurso de aceitação, dizendo “As meninas negras podem fazer qualquer coisa”.
No Instagram do BGS, elas comemoraram o prêmio e afirmaram que servirá de impulso para a causa de mudar a vida de meninas negras por meio do esporte.
Ver essa foto no Instagram
“Ainda não terminamos. Este é o offshore de que precisávamos para surfar essa onda perfeitamente”, diz texto publicado na página. “Diversidade no line-up. Inclusão no escritório. Essa é a missão e agora vamos trazer a diversão de volta ao surfe”.
Assista e saiba mais sobre o documentário no site oficial da WSL.