O final de semana (6, 7 e 8) foi de altas ondas na Prainha, em Torres (RS). Surfistas de todo o país, além de uruguaios e chilenos, competiram em diversas categorias, com destaque para a profissional, vencida pelo catarinense Walley Guimarães.
A etapa é válida pelo Circuito Brasileiro de Surf Profissional (ABRASP), e também pelo Campeonato Gaúcho Profissional e Amador. Nas categorias Amadoras os surfistas foram divididos em faixas etárias com os atletas Júnior (Sub 18); Mirim (Sub 16); Iniciantes (Sub 14); Grommets (Sub 12); Petiz (Sub 10); Feminino (sem limite de idade) e Open. A proposta do projeto era que os Amadores pudessem interagir com os Profissionais, fazendo com que a base trocassem experiências com os mais rodados no cenário nacional e internacional.
Para vencer Walley precisou, além de percorrer uma longa trajetória durante os três dias de competição, somar 14,08 pontos em suas duas melhores ondas. O segundo colocado, Gustavo Borges, conseguiu em suas duas melhores ondas chegar em 11,10 pontos. As ondas no domingo foram muito menores que as da sexta e do sábado, trazendo um elemento ainda mais complicado para os surfistas.
“O título foi muito importante para mim, estou muito feliz mesmo. Venho treinando muito dentro e fora d’água, e estou feliz com meu desempenho no campeonato, só tenho a agradecer a Deus, meus patrocinadores e minha família que torcem por mim”, comentou Walley Guimarães logo após sair da premiação.
“Estou amarradão de ter feito essa final, consegui soltar meu surfe, e tenho de parabenizar o Walley pelo resultado. Ele deu o troco da última etapa em que ganhei dele. Altas ondas, um evento muito top e que reuniu os melhores na Prainha, onde para mim é especial, a Prainha mostrou sua cara, amo esse lugar. Treino aqui sozinho direto. Estou feliz em ter feito a final, em estar nas cabeças, e ter mantido a constância dos resultados. Estava consciente que se entrasse mais uma onda teria grandes chances de virar a bateria e ter feito um melhor escore, mas não veio para mim, não era o meu dia”, lembrou Gustavo Borges.
Entre as meninas, a campeã foi Yasmin Dias (RS) foi a melhor colocada com 7,25 pontos. A segunda colocada foi Clara Tasca (RS) com 4,15 pontos, seguida por Kananda Martini (SC) com 3,00 e Carmela Beitune (RS) com 1,20 pontos.
O campeão Grommets foi Michel Demétrio (SC) com 11,25 pontos, seguido por Nicolas Oliveira (SP) com 8,95 pontos, Luca Messenger (SE) com 8,50, e Lucas Velasquez (SC) com 6,60 pontos.
Na categoria Petiz o vencedor foi Luca Messenger (SE) que conseguiu atingir 9,90 pontos. O segundo colocado foi Guilherme Goulart (SC) com 5.50. O terceiro foi Theodoro Mazurek (SC) com 4,00, e o quarto foi o uruguaio Felipe Machado com 3,60 pontos.
O Mirim melhor colocado foi Ryan Martins (SC) com 12,00 pontos. O segundo foi João Victor (RS) com 11,25, seguido pelo também gaúcho Luigi Wengrover (9,35) e pelo catarinense Enrico Malhado (6,25).
O baiano Kayki Araújo deu show e levou a melhor na categoria Júnior ao somar 13,00 pontos em suas duas melhores ondas. O segundo colocado veio do Paraná, Lucas Cainan, para somar 10,85 pontos. O terceiro colocado foi o também baiano Esdras Morais (9,20), enquanto o gaúcho Kaique Garcia conseguiu somar 7,35 e garantiu a quarta colocação.
Ryan Martins de Santa Catarina levou a melhor na categoria Iniciantes com 11,85, seguido por Natan Rosa (SC) com 7,10, Michel Demétrio (SC) com 6,50, e Nicolas Oliveira (RS) com 6,05.
Entre os Adaptados que realizaram uma bateria de apresentação o destaque mais uma vez foi o pequeno Vladimir Almeida, que não se deixou parar diante da dificuldade e mostrou que todos podem surfar. Paulo Ricardo de Souza, que é experiente na modalidade, também participou e foi o grande responsável por reunir os atletas da categoria.
Na categoria Open o primeiro colocado foi o representante de Xangri-lá, Luiz Henrique com 10,25 pontos. O segundo colocado foi o catarinense Luiz Mendes com 9,80 em seu somatório, seguido por Ícaro Martins com 6,75, e por José Luiz Mello também de Xangri-lá.
O evento contou com a participação de 151 atletas, disputando 70 baterias, com um total de 1.288 ondas surfadas.
“Esses dados mostram pouco do que foi o evento. Buscamos trazer um grande festival de surfe para Torres (RS). Cada ação desenvolvida foi pensada para que os atletas e o público pudessem aproveitar ao máximo o projeto. Agradecemos a cada pessoa que esteve conosco, somos muito gratos por acreditarem que o Rio Grande do Sul tem totais condições de fazer nosso esporte ter visibilidade e ser um fator de atração de turistas para o estado. Cada patrocinador ou apoiador que esteve nessa empreitada merece nosso agradecimento e carinho por acreditar e fazer a diferença pelo surfe, meio ambiente e por gerar, mesmo que temporariamente, mais de 40 empregos diretos e 73 indiretos. Quero também lembrar que temos uma equipe na Liga comprometida em fazer o melhor sempre, com muito empenho em dar ao esporte o que ele merece”, destacou Gabriel de Mello, representante da Liga Rio-Grandense de Surf (LRS).
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Atrações no evento
Ainda no final de tarde do sábado, quando o público menos esperava, puderam acompanhar um revoada de balões na Prainha, enquanto o piloto multicampeão Murilo Hoffmann realizou um voo cativo com o balão da ULBRA. O gigante de ar quente encantou quem esteve no local por mais de uma hora.
Ao som do DJ Marino Alves e Krru Meurer os visitantes do evento puderam degustar as cervejas Dado Bier, além de aproveitar as frutas oferecidas pelo Casa Surf Bar. A Specialle Pizzas sorteou diversas pizzas para o público ao longo de todo o evento.
Todo surfista ou simpatizante do esporte sabe a importância da preservação ambiental. Nesse sentido, a organização do evento buscou a parceria das Árvores Caiman com a Associação das Construtoras e Incorporadas de Torres (ACTOR) para realizar a doação de centenas de mudas de árvores nativas. O objetivo é que todos possam fazer sua parte na preservação ambiental. Inspirados nas ações do projeto Praia Limpa, durante todo o evento uma parte da equipe de atletas e organização realizou sistematicamente o recolhimento do lixo e do microlixo (bitucas de cigarro e pequenos plásticos) na Prainha.
O surfe adaptado também ocupou um espaço no cronograma do evento. Surfistas com alguma deficiência física fizeram uma bateria de apresentação, mostrando que o esporte é integrador e tem espaço para todos. O pequeno Vladimir Almeida e o experiente Paulo Ricardo de Souza encararam as ondas deixando uma verdadeira lição de vida para o público e demais participantes.
O evento conta com o apoio da Associação das Construtoras e Incorporadoras de Torres (ACTOR); SeaLife Farmácia de Manipulação, Sesc Torres, Infinity Imobiliária Digital; Black Investimentos Imobiliários; Caiman Árvores Nativas; Laboratório Da Rocha; Planeta Surf; Open Internet; Ouem; Nanopoxy Produtos Químicos; EB Surfboards; KNN Idiomas; Casa Surf Bar; Dono do Tempero; ULBRA Torres; Specialle Pizzas; e Prefeitura Municipal de Torres. Conta com o apoio técnico da AST; FGSurf e ABRASP. A realização é da Liga Rio-Grandense de Surf (LRS), com os patrocínios da DadoBier; Datateck e Navegat Malas de Viagem, através do Pró-Esporte RS, lei de incentivo ao esporte da Secretaria do Esporte e Lazer do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.