Curvar-se, de maneira inteligente, perante o que não podemos dominar nem combater sempre será uma atitude correta.
Alimentado pelo desafio de viver do surfe e firmar-se como profissional, o surfista gaúcho Gustavo Borges, 20 anos, vem há tempos lutando uma batalha árdua, pra não dizer injusta, no esporte.
Adaptar-se ao adverso não é uma novidade destes tempos de pandemia para ele, quando constatamos que sua trajetória vitoriosa como amador foi durante os piores anos do circuito gaúcho, onde a falta de adversários, visibilidade e eventos sólidos acompanharam sua formação como atleta competidor.
Após voltar de uma temporada de altas ondas e muito aprendizado entre Califórnia e México, os planos para uma temporada no Havaí e etapas do QS estavam na pauta, mas a falta de patrocínio e a Covid-19 pegaram de jeito os planos do também guarda-vidas civil, sua profissão atual.
Depois de meses saindo muito pouco de casa e surfando raramente – Gustavo mora com seus pais e sua avó – a sede por água salgada e pelas ondas do agitado inverno gaúcho estava no limite.
Foi quando uma junção de pessoas, talentos e ideais aconteceu.
A ideia consistia em aproveitar o tempo em casa e produzir curtas de extrema qualidade no sul do Brasil. Aí, Stéfano e Pietro convocaram colaboradores de renome como o produtor Loïc Wirth (edição), os cinegrafistas Bruno Abreu e Thiago Fernandes (imagens aquáticas), Guilherme Medaglia (drone) e Pedro Felizardo (imagens adicionais).
Em “Take a Bow”, primeira produção da série, o protagonista Gustavo Borges é acompanhado durante seus treinos nas praias gaúchas de Torres e Atlântida, além de alguns picos em Florianópolis e Garopaba, mostrando um pouco do seu talento e potencial.
Curvar-se, sim. Desistir de lutar, jamais!
Pra quem quiser acompanhar um pouco mais do trabalho de Gustavo Borges, siga o perfil @gustavoborgessurf no Instagram.